Depois de atravessar o ano passado em baixa, o mercado de aviões agrícolas se reaqueceu em 2017 e as principais fabricantes que atendem o mercado brasileiro chegaram a faturar mais do que o dobro, na comparação com o ano anterior. Este cenário de otimismo deve tomar conta do congresso do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag). O evento, que é considerado o maior do setor na América Latina, ocorre entre os dias 8 e 10 de agosto, em Canela (RS).
Segundo o representante da Air Tractor, Luiz Fabiano Zaccarelli Cunha, o dólar mais alto e o tempo seco, que atingiu a safra 2014/2015 e 2015/2016, frearam a produção. “Já no ano passado houve uma chuva boa e o pessoal precisou de aviões, só que ninguém tinha se planejado. Este ano, já vieram logo atrás de nós”, explica Cunha.
O diretor da unidade de Botucatu (SP) da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), que detém mais de 60% do mercado no setor, Alexandre Solis, explica que de uma maneira geral o mercado deverá ser retomado. “O clima mais favorável, custos mais estáveis, aumento da demanda, créditos para investimentos e o aumento da confiança do produtor rural são fatores que devem ser refletidos nos números de crescimento do mercado”, aposta.
A expectativa do Sindag é que cerca de 40 novos aviões agrícolas sejam acrescentados à frota nacional até dezembro. No caso da Embraer, a ideia é entregar entre 15 e 20 aeronaves este ano. Já a norte-americana Air Tractor, principal fornecedora entre as marcas estrangeiras, teve 18 aeronaves vendidas no Brasil em 2017, contra 11 comercializadas no ano passado.