Os custos de produção no Rio Grande do Sul apresentaram nova queda no mês de julho. O Relatório de Inflação dos Custos de Produção e dos Preços Recebidos, divulgado pela Assessoria Econômica da Federação da Agricultura do estado, nesta quarta, dia 24, mostra uma redução de 1,04% no Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP). A taxa cambial foi a responsável pelo resultado, influenciando, principalmente, o preço dos fertilizantes.
No acumulado do ano, a deflação do IICP foi ampliada para 1,75% e, em 12 meses, a inflação é de apenas 2,22%. Somente os fertilizantes apresentaram uma queda média de 24%, no período entre agosto de 2015 e julho de 2016. Porém, nem todos os insumos vêm apresentando redução. Os agroquímicos se mantém em alta e não acompanham a variação cambial.
O Índice de Inflação de Preços recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR) também registrou queda (-2,08%) na comparação entre junho e julho de 2016. Esta é a primeira retração após três altas consecutivas. Soja (-6%) e suínos (-7%) foram as maiores influências no resultado. O milho também apresentou decréscimo (-5%), mas devido a ajustes no mercado. A tendência é que em agosto o preço do boi gordo deva pesar negativamente no Indicador.
Na comparação entre IIPR e IPCA Alimentos e Bebidas, o Sistema Farsul indica que, mais uma vez, é equivocada a tentativa de se relacionar o preço pago ao produtor rural àquele praticado ao consumidor. Nos últimos 12 meses, enquanto o IIPR registra 31,34%, o IPCA Alimentos atingiu 12,85%, demonstrando que não há correlação entre eles a curto prazo.