Os contratos futuros da soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira, dia 29, com preços significativamente mais altos para o grão. Após registrar perdas na parte da manhã, o mercado reverteu para o território positivo, após a divulgação do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que indicou estoques trimestrais do país abaixo do esperado por analistas.
Os estoques trimestrais da soja norte-americana totalizaram 8,1 milhões de toneladas. O volume estocado subiu 53% na comparação com igual período de 2016, mas apesar disso, o dado ficou abaixo da expectativa do mercado, de 9,2 milhões de toneladas. No mês de setembro o contrato de novembro já subiu 2,43%, puxado pelo fator demanda.
Já no mercado interno, os preços da soja ficaram estáveis nas principais regiões de negociação do país. A boa alta em Chicago influenciou positivamente, mas a queda do dólar praticamente anulou o otimismo. Não houve negócios relevantes, com o registro de somente 10 mil toneladas no Rio Grande do Sul.
A expectativa para esta segunda-feira, 2, é que as atenções do mercado permanecem voltadas para o clima nos Estados Unidos e na América do Sul. Os sinais de demanda pela soja norte-americana também devem continuar em foco.
Os trabalhos de colheita da nova safra dos EUA avançam em bom ritmo nos campos do meio-oeste e do sudeste, amparados pelo clima seco, que favorece a evolução. No entanto, previsões de retorno da umidade no cinturão produtor nos próximos dias poderá impedir uma melhor evolução dos trabalhos em alguns estados.
As produtividades registradas nas primeiras lavouras colhidas estão em linha com as últimas projeções do USDA, o que ampara o sentimento de que a safra dos EUA, de fato, deverá ser recorde.
No Brasil, a chegada de chuvas à faixa central do país deverá trazer melhores condições de umidade para a evolução dos trabalhos de plantio, que começaram atrasados. A melhora climática para o plantio brasileiro também é fator de pressão para Chicago, mesmo que momentâneo.