O Fórum Agro MT, representado pelo presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Alexandre Schenkel, entregou ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, as propostas mato-grossenses para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2017/2018, também conhecido como Plano Safra.
A entrega do documento foi feita em Brasília, na terça-feira, dia 9, e contou ainda com a presença do vice-governador de Mato Grosso, Carlos Fávaro, do secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, e do assessor especial do ministro, Sérgio De Marco.
De forma inédita, as propostas entregues a Maggi foram elaboradas pelas instituições do setor que compõem o Fórum Agro MT – Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Ampa, Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação dos Criadores de Suíno de Mato Grosso (Acrismat) e Associação dos Produtores de Semente de Mato Grosso (Aprosmat) – e assinadas também pelo Governo do Estado, via Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec).
No total, são 32 propostas encaminhadas ao Ministério da Agricultura. Entre os pontos principais estão, por exemplo, a necessidade de redução da taxa de juros para o custeio agrícola e pecuário para produtores. Outra reivindicação é a retirada do seguro rural como um instrumento de garantia bancária no crédito rural, uma vez que ele se tornou instrumento de venda casada. O Fórum pede também que seja revogada a possibilidade de os agentes bancários cobrarem por despesas de análise técnica de projeto de até 0,5%, o que está encarecendo o crédito rural.
A armazenagem também ganha destaque. O documento do Fórum Agro MT propõe que sejam criadas taxas de juros diferenciadas para aplicação dos recursos no Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA). Pede também que o processo de captura de recursos para os armazéns seja desburocratizado e que seja autorizada a captura dos valores e incentivada a criação de condomínios e/ou cooperativas de produtores para construção de armazéns. Outra demanda é pela criação de metas específicas de aplicação dos recursos para os agentes bancários, visando reduzir o déficit desse setor em Mato Grosso e nos estados que alimentam os chamados Portos do Arco Norte.
“As propostas ao Plano Safra 2017/2018 foram possíveis graças às articulações de todas as entidades participantes do Fórum Agro MT, que foram até suas bases e ouviram os produtores rurais e suas principais demandas e desafios diários. Além disso, contamos com a chancela do Governo do Estado e, agora, com a entrega deste documento ao ministério, o trabalho é de conscientização da necessidade de atendimento desses pontos, o que acreditamos que será bem-sucedido, diante do compromisso do ministério com o desenvolvimento do setor agropecuário brasileiro”, afirma Alexandre Schenkel.
Além da entrega ao Mapa, o documento também foi remetido ao Ministério da Fazenda.