Entidades do setor agrícola e a bancada ruralista do Congresso Nacional se uniram para pressionar a Agência de Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a autorizar o uso do herbicida paraquat no Brasil. Decisão deve ser tomada no dia 12 de setembro. O setor produtivo e parlamentares tentam evitar a medida, que deve trazer prejuízos à agricultura.
O produto está sob reavaliação há dois anos e corre o risco de ser banido. A agência já publicou um relatório defendendo o fim do uso, baseado em um estudo europeu que relaciona o paraquat ao mal de parkinson.
“Acho que é um excesso de precaução. A Anvisa precisa repensar sua forma de agir, nós queremos valorizar a Anvisa. Não podemos deixar isso prosseguir. O Brasil não pode mais ser protagonista de situações diferentes no mundo em relação ao desenvolvimento, ao crescimento, a produção de alimentos e isso, com certeza, será revisto pela Anvisa”, diz o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Marcos Montes.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) também é contra o fim do paraquat.
“Nós somos radicalmente contra. Sei da importância que tem o paraquat. É um produto que está liberado em vários países, é importante para agricultura, até porque ela antecipa e faz a dessecação, principalmente da soja e de outras culturas. A nossa posição é pelo não banimento”, salienta Neri Geller.