O índice de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) encerrou em 175,2 pontos em junho passado, alta de 2,5 pontos (1,4%) ante maio e 11 pontos (7%) acima na comparação com junho de 2016. O desempenho positivo no segundo mês seguido é reflexo dos fortes ganhos nos preços dos lácteos e cereais. As cotações de carne também ficaram firmes, enquanto as de açúcar e óleos vegetais recuaram, informa a FAO, em comunicado.
Liderando os ganhos está o índice de preço dos lácteos, que encerrou em 209 pontos em junho, alta de 15,9 pontos (8,3%) na comparação com maio. Os preços de todos os produtos avançaram, sendo o maior ganho o da manteiga (14,1%) na comparação mensal. A disponibilidade limitada para as exportações de derivados do leite em países produtores incentivou os ganhos.
O preço dos cereais subiu 6,2 pontos (4,2%) ante maio, para 154,3 pontos, alcançando o maior valor para o ano. As cotações de trigo foram as que mais avançaram, refletindo as condições ruins para a safra nos EUA. Além disso, a demanda robusta pelo cereal também colaborou com o desempenho do indicador.
Com ganhos mais modestos, o índice de preço de carnes subiu 3,2 pontos (1,8%) em junho ante maio, para 175,2 pontos, sexta alta consecutiva. As exportações limitadas da Oceania, associadas à forte demanda sustentaram as cotações da carne bovina e ovina no mês. A demanda também deu suporte ao preço da carne suína. Na contramão, a carne de frango continuou prejudicada pelos casos de influenza aviária, que permanecem desestimulando as compras na Ásia, África e Europa.
Já o índice de preço do açúcar ficou em 197,3 pontos em junho, queda de quase 31 pontos (13,4%) na comparação com maio, alcançando seu menor nível em 16 meses. A commodity permanece pressionada, principalmente, pela produção volumosa no Brasil.
Também recuando, os óleos vegetais perderam 6,5 pontos (3,9%), para 162,1 pontos em junho. O desempenho para o mês refletiu, sobretudo, queda nas cotações do óleo de palma (CPO) e óleo de soja. O CPO caiu 7%, atingindo os menores níveis em 10 meses e refletindo a boa perspectiva de produção no Sudeste Asiático. Enquanto isso, o derivado de soja também recuou diante da colheita robusta do grão na América do Sul.