O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse nesta terça, dia 27, que a viagem de 25 dias à Ásia, com passagem por sete países, poderá render ao Brasil até US$ 2 bilhões em negócios. Ele esteve na China, Coreia do Sul, Tailândia, Mianmar, Vietnã, Malásia e Índia.
“Os números são difíceis de mensurar, mas podemos dizer que conseguimos amarrar entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2 bilhões em negócios. Agora, se isso vai se concretizar, é outra história. Os governos criam o ambiente para isso, mas quem firma os contratos é a iniciativa privada”, afirmou o ministro.
Maggi relatou que os governos locais asiáticos foram muito abertos e demonstraram grande interesse em acordos com a missão brasileira. “Conseguimos avançar em vários países que tínhamos pendências. Tenho defendido junto ao presidente Michel Temer que o governo faça essas incursões comerciais para acelerarmos discussões e decisões com países parceiros”, completou o ministro.
Ampliação de negócios
O ministro destacou que Ásia foi o destino escolhido por concentrar 51% da população mundial e afirmou que a região tem alto potencial de crescimento e consumo. Ele disse, ainda, que, com ações comerciais como a realizada nos países asiáticos, o Brasil busca atingir a meta de ampliar de 7% para 10% a participação no mercado agrícola mundial nos próximos cinco anos.
Entre os principais resultados da viagem aos países asiáticos está a negociação com o Vietnã para a reabertura de mercado para as carnes suína, bovina e de frango. Técnicos do Vietnã virão ao Brasil para inspecionar frigoríficos. Houve também negociação com o país para a venda de produtos lácteos brasileiros.
Na Malásia, avançaram as negociações para maior abertura para a carne de aves do Brasil. O país vai enviar técnicos para inspecionar frigoríficos brasileiros e também para discutir a exportação de bovinos vivos.
Durante a passagem da missão pela Índia, a empresa indiana UPL anunciou que vai construir no Brasil uma fábrica para síntese de ingredientes ativos agroquímicos, com investimento de R$ 1 bilhão. O local onde a fábrica será instalada ainda não está definido.
Com informações do Estadão Conteúdo e Agência Brasil