O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) trabalha para que as taxas do Plano Safra 2017/2018 sejam no máximo de 2 a 3,5 pontos percentuais acima da meta da inflação para este ano, que está fixada entre 4,5% – o que significa que os juros ficariam entre 6,5% e 8% ao ano. Quem afirma é o secretário de Política Agrícola, Neri Geller, que esteve em cerimônia da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) nesta quarta-feira, dia 3.
“Estamos, em primeiro ponto, descartando completamente a possibilidade de trabalhar com taxa de juros variável”, disse Geller, acrescentando que taxas acima das previstas inviabilizariam o setor.
Ainda nesta quarta deve haver uma reunião do setor com o Mapa para levar as demandas para o Ministério da Fazenda. A Abimaq quer que o volume de recursos para o Moderfrota – principal programa de implemento de máquinas agrícolas – seja de R$ 11 bilhões no próximo Plano Safra. Geller não confirma o valor, mas afirma que vai analisar o pedido. Uma decisão deve sair em 15 dias.
No segundo semestre de 2016, no início do Plano Safra, o aporte era de R$ 5 bilhões. O montante, no entanto, não foi o suficiente para atender a demanda do setor. Assim, um novo acréscimo de R$ 2,5 bilhões foi realizado em novembro. Na última semana, mais R$ 1,2 bilhão foi acrescentado.
Funrural
Geller também fez declarações sobre a cobrança do Funrural. De acordo com o secretário, a maior briga do setor é para flexibilizar o pagamento do passivo. O objetivo é que o produtor que já pagou seja recompensado de alguma forma.