Queda do dólar acelera vendas em feira de agronegócios em São Paulo

Quinze mil pessoas devem passar pelo evento e os organizadores esperam movimentar R$ 400 milhões em vendas

Fonte: Reprodução

A desvalorização do dólar nas últimas semanas levou muitos produtores a antecipar a compra de insumos para a próxima safra. Na feira de agronegócios da Coopercitrus, a Feacoop, que acontece esta semana em Bebedouro, no interior de São Paulo, vários produtos estão com preços 10% abaixo dos valores praticados no mercado.

São mais de 125 mil metros quadrados com informações, tecnologias e produtos para os diversos setores do agronegócio. Para quem está de olho na próxima safra, este pode ser o momento ideal para fazer as compras. Os organizadores garantem que os preços são os melhores do mercado. “A parceria que nós temos com os principais fabricantes de fertilizantes e defensivos agrícolas nos permite oferecer preços mais atrativos até agora dentro do ano. Em fertilizantes, por exemplo, a gente observa uma variação de 10% a menos do que vem sendo praticado”, disse o diretor financeiro da Coopecitrus, Fernando Degobbi.

Este ano o tema da feira é a sustentabilidade na prática, o objetivo é mostrar aos produtores que é possível produzir mais sem agredir o meio ambiente. Para isto, foram criadas as Unidades de Referência Tecnológicas, como uma área de seis hectares que mostra o funcionamento do sistema de integração lavoura, pecuária e floresta.

Na área ao lado, os visitantes podem conhecer o canteiro com as mudas pré ­brotadas, uma alternativa para o plantio de cana­-de-açúcar. As plantas se desenvolvem mais sadias e em menor tempo em relação aos sistemas convencionais. “A muda pré-brotada tem um investimento um pouco superior do que você utilizar uma cana normal. Para diluir esse investimento, a gente recomenda o sistema de meiose, reduzindo em 40% o custo em relação ao plantio convencional”, disse a gerente de serviços e projetos da Coopecitrus, Alessandra Julianetti.

Na parte de grãos, os técnicos mostram como deve ser feito o cultivo e o espaçamento entre as sementes na hora do plantio. Todas essas técnicas fazem parte do conceito de agricultura de precisão, segundo Fernando Camarim, Supervisor de Agricultura de Precisão. “Nós estamos trabalhando esse conceito de agricultura de precisão por que leva à sustentabilidade. A nossa missão é reduzir custo e melhorar a produção. Temos um departamento que oferece todas as prestações desde amostragem de solo, plantio, colheita, equipamentos e soluções em distribuição de plantas.”

Quinze mil pessoas devem passar pelo evento e os organizadores esperam movimentar R$ 400 milhões em vendas, 20% a mais em relação à edição passada.