Reunidos com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, os secretários estaduais de Agricultura pediram a redução da taxa de juros do próximo Plano Safra. O Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018, que será aplicado a partir de 1º de julho, está em elaboração.
“Como há redução da taxa Selic, da inflação, os juros para o Plano Safra deveriam também ser reduzidos”, afirmou o presidente do Conselho de Secretários de Estado da Agricultura (Conseagri), Ernani Polo.
Os secretários não propuseram uma taxa. Porém, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defende no máximo 6,5% ao ano, nível que já teria recebido sinal negativo da equipe econômica.
“O ministro tem essa compreensão, e vai lutar para que (a redução) aconteça”, contou Polo. “É claro que isso é uma negociação.”
Por isso, os secretários pretendem se articular com a Frente Parlamentar da Agricultura e pressionar no Ministério da Fazenda e na Casa Civil para que a taxa seja reduzida. Os secretários pediram também a desburocratização do acesso aos recursos para investimento.
No atual Plano Safra 2016/2017, os juros para custeio (para aquisição de insumos como sementes, adubos e defensivos) variam de 7,75% a 8,75%, taxas que levam em conta o porte do produtor rural. Já os juros para investimento (para aquisição de máquinas agrícolas, silos e outros equipamentos) vão de 7,5% a 10%. O volume total de recursos destinados ao financiamento dos produtores alcançou R$ 202,88 bilhões no ciclo 2016/2017.