Soja cai mais de 3% em Chicago com clima favorável nos EUA

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Sílvio Ávila/Mapa

Dólar
A instabilidade política já colaborou para uma alta acumulada mensal da moeda norte-americana de mais de 3%. Na semana não houve notícias relevantes para precificação das operações, exceto a rejeição do texto da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. O dólar teve sessões voláteis, com fechamentos próximos da estabilidade, durante este período. Na sexta-feira, 23, a moeda encerrou as negociações em alta de 0,05%, a R$ 3,339 para venda.

Soja
As cotações da oleaginosa na bolsa de Chicago fecharam a semana com uma queda acumulada de 3,7% no contrato para julho, pressionadas pelo clima favorável nas lavouras americanas. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os institutos americanos projetam quantidade de chuvas que deve beneficiar as lavouras em estágios iniciais. Durante a semana passada o mesmo contrato atingiu a menor cotação em 17 meses. O mercado continua com a atenção voltada para o clima e para o relatório que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) vai divulgar na sexta-feira, 30, sobre estoques trimestrais americanos e área plantada.

Aqui no Brasil a condição de baixa na bolsa fez com que os negócios no mercado interno ficassem lentos e com poucos negócios. Veja AQUI as referências de preços para começar a semana.

Milho
A colheita da segunda safra do milho começa a avançar no oeste do Paraná e sul de Mato Grosso do Sul, com produtores rurais cumprindo os contratos e procurando liquidez imediata. Em Mato Grosso, os produtores vão aos poucos absorvendo os prêmios dos leilões realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No entanto, não são todos os que conseguem estes prêmios e há negócios abaixo de R$ 15 no estado. A colheita próxima a 19% indica que há forte entrada de milho ainda para julho e agosto, com favorecimento do clima, que seguirá seco. A Safras & Mercado indica que mesmo com um dólar mais alto, os preços nos portos não reagiram nesta sexta-feira. Veja o fechamento dos preços do milho AQUI.

Nos Estados Unidos a boa quantidade de chuva nas lavouras tende a indicar uma melhor condição no relatório que o USDA divulga na tarde desta segunda-feira, 26.

Café
A sessão em Nova Iork foi de extrema volatilidade na sexta-feira, mas as cotações encontraram uma boa recuperação, diante das recentes baixas durante a semana. O dólar fraco contra outras moedas e os ganhos do petróleo contribuíram para a subida do arábica na bolsa. O contrato de setembro fechou com alta de 650 pontos, cotado a 123 cents/libra-peso, o que representa uma alta de 5,57%. Porém no balanço da semana esse mesmo contrato teve uma baixa de 2,3%.

Aqui no Brasil muitos exportadores ficaram cautelosos diante dessa grande volatilidade. Já os produtores mais necessitados para fazer caixa neste período de colheita aparecem dispostos a negociar. O mercado encerrou a semana com preços se recuperando antes do tombo de quinta-feira, 22, mas ainda sem volume expressivo de negócios. Veja o fechamento dos preços do café AQUI.

Boi
O mercado físico do boi gordo ainda se depara com preços acomodados. Diversas unidades frigoríficas estão ausentes da compra de gado neste momento, e devem retornar ao mercado apenas na terça-feira, 27, após avaliar qual a melhor estratégia a ser adotada. As escalas de abate seguem confortavelmente posicionadas, entre cinco e sete dias úteis. Veja os preços AQUI.

Na BM&F o pregão realizado no decorrer da última sexta-feira foi caracterizado pela predominante queda entre os principais contratos em vigor. As notícias envolvendo a suspensão da importação de carne bovina in natura por parte dos EUA resultou em grande pressão de queda ao longo do dia. O efeito psicológico sobre o mercado internacional acaba preocupando, uma vez que outros países podem adotar medidas semelhantes em relação à carne bovina brasileira. Na semana passada o ministro da Agricultura Blairo Maggi afirmou que pretende ir ao país americano tentar reverter o embargo à carne.

Previsão do tempo
A meteorologia indica que o tempo deve seguir firme no Sul do país nesta segunda-feira. Há condição para formação de algumas nuvens sobre o sul do Rio Grande do Sul, mas não existe previsão de chuva. A temperatura fica mais baixa pela manhã entre o norte gaúcho, Santa Catarina e Paraná. No entanto a partir da quarta-feira, 28, o tempo começa a mudar no no Rio Grande do Sul e a formação de uma frnete fria provoca chuva na fronteira com o Uruguai. 

No Sudeste o tempo continua firme, sem formação de nuvens carregadas. A temperatura fica mais baixa pela manhã entre São Paulo e Minas Gerais, mas durante a tarde a sensação térmica já é mais confortável. As chuvas continuam entre o centro e o norte fluminense e o Espírito Santo.

O tempo segue sem mudanças no Centro-Oeste. Pela manhã desta segunda-feira a sensação é de frio desde o leste do Mato Grosso do Sul, passando por Goiás até o Distrito Federal. Por outro lado, durante a tarde, devido ao tempo firme e com a presença do sol, as temperaturas máximas se elevam em todos os estados.

Em todo o interior da região Nordeste o tempo segue firme e com predomínio de sol, provocando elevação das temperaturas, bem como aumento da amplitude térmica. Apenas nas áreas litorâneas é que as instabilidades não dão trégua.

No Norte o frio da madrugada aumenta no Tocantins devido à presença de uma grande massa de ar seco no centro-sul da região. Na faixa norte a expectativa é de chuva.