A queda mais intensa no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) em abril ante março (-0,17% para -1,77%) foi influenciada pela maior deflação no grupo Matérias-Primas Brutas, que teve retração de 5,22% ante declínio de 0,05% em março. Dentro desse grupo, a FGV destacou o movimento dos itens minério de ferro (5,95% para -5,24%), soja em grão (-4,99% para -9,38%) e milho em grão (-5,06% para -14,52%). O IPA é um dos indicadores que compõem o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M)
O indicador referente a Bens Intermediários também intensificou a deflação neste mês na comparação com o mês passado, de -0,39% para -0,77%, por influência do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 0,15% para -0,79%.
Em contrapartida, o grupo Bens Finais voltou a registrar alta em abril, de 0,36%, após queda de 0,08% em março. A FGV citou como contribuição para esse avanço o movimento de elevação do subgrupo combustíveis para o consumo (-4,43% para 0,15%).
Principais influências
De acordo com a FGV, entre as maiores influências individuais de baixa no IPA de abril estão soja em grão (-4,99% para -9,38%), minério de ferro (5,95% para -5,24%), milho em grão (-5,06% para -14,52%), mandioca (-3,16% para -13,85%), farelo de soja (-3,13% para -11,59%).
Já na lista de maiores influências de alta estão leite in natura (mesmo com a desaceleração de 5,23% para 3,68%), batata-inglesa (-1,50% para 38,28%), ovos (apesar de alívio de 9,06% para 5,36%), tomate (10,23% para 36,01%) e gás liquefeito de petróleo (GLP) (-0,12 para 6,37%).