Soja: preços melhoram e estimulam negociações

Confira as principais notícias para começar o dia bem informado sobre soja, milho, café, boi, dólar e clima

Fonte: Abiove/Divulgação

Soja

Na sexta-feira, a soja teve um dia de bons ganhos em Chicago, registrando ganhos entre 26,25 e 30 pontos nos principais vencimentos. A moeda norte-americana encerrou o dia também no campo positivo, ajudando a trazer alta nas cotações domésticas. Com preços melhores, os agentes aproveitaram para negociar. Rumores apontam cerca de 100 mil toneladas negociadas no Rio Grande do Sul e aproximadamente o mesmo volume no Paraná. Em Mato Grosso, entre 60 mil e 80 mil toneladas foram negociadas e nas demais regiões foram reportadas em média cerca de 15 mil toneladas.

Na Chicago Board of Trade (CBOT), os contratos futuros do complexo soja fecharam a sexta-feira em alta no grão, no farelo e no óleo. Nas posições spot, ganhos de 2,92% no grão, de 3,39% no farelo e de 1,57% no óleo. O relatório de área plantada nos Estados Unidos, divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura norte-americano), indicou área abaixo do esperado e deflagrou a elevação.

Milho

Em Mato Grosso, o mercado começa a focar os embarques mais longos, motivado pela Bolsa de Chicago e câmbio um pouco melhores. Porém há pressão pela liquidez imediata e ofertas existem em praticamente todo o estado desde R$ 14 até R$ 16,50. No Rio Grande do Sul, o mercado espera o aumento de ofertas de outros estados para avançar em negócios regionais. Ofertas no interior seguem ainda acima de R$ 26, sem forte pressão de venda, mas com compradores ausentes.

Santa Catarina apresenta um mercado paralisado para lotes locais e aumenta o interesse pelas ofertas de milho tributado. Ofertas a R$ 25,50/R$ 26 no oeste do estado. Em São Paulo, há pressão de venda de lotes de outros estados com entregas na primeira quinzena de julho. Negócios noticiados desde R$ 23,50 até R$ 26,50. A colheita no interior do estado ainda é discreta, mas tende a se acelerar neste início de julho. Em Minas Gerais, o mercado segue calmo. As ofertas na região do Triângulo Mineiro giram entre R$ 22 e R$ 23.

Café

Na sexta-feira, o mercado físico de café teve bom volume negócios, principalmente durante a alta do arábica na bolsa. Muitas cooperativas vieram para o mercado e conseguiram trabalhar bem seus cafés, tanto remanescente, como resultado de safra nova e também para entrega futura.

Café arábica na ICE Exchange (Bolsa de Nova York) encerrou as operações da sexta-feira com preços mais baixos. Depois de registrar ganhos em parte do dia, reverteu e terminou com perdas por conta de fatores técnicos. O mercado não conseguiu superar resistências e retornou ao terreno negativo. Dados das exportações mensais da Organização Internacional do Café (OIC) contribuíram para a pressão sobre os preços, demonstrando boa oferta nos embarques globais. Com isso o contrato para setembro de 2017 terminou em queda de 0,51%, cotado a 125,70 cents/lb (-65 pontos). No balanço da semana, o contrato para setembro acumulou uma alta de 2,2%. E, no balanço de junho, a posição teve uma queda de 4,5%.

O café robusta na LIFFE (Bolsa de Londres) encerrou suas operações com preços mais altos. As cotações avançaram diante de um movimento de cobertura de posições vendidas, com a chegada do período de notificação de entregas do contrato para julho. Assim, o vencimento para setembro de 2017 acabou com alta de 0,79%, cotado a US$ 2.149. No balanço da semana, o contrato para setembro acumulou uma alta de 3,4%. E o mês de junho terminou com o mesmo contrato acumulando uma valorização de 6,8%.

Boi

O mercado físico do boi gordo voltou a se deparar com acomodação de preços no decorrer da sexta-feira, dia 30. A notícia do dia foi a redução da alíquota do ICMS para boi em pé no estado de Mato Grosso, de 7% para 4%. A expectativa é que Goiás acabe adotando medida semelhante no curto prazo. Esse quadro pode levar há uma maior pressão sobre os preços na região Sudeste.

Em São Paulo, o mercado segue com seus preços acomodados. Em Barretos, o preço de balcão foi posicionado a R$ 128 a prazo. Enquanto que em Lins o preço de balcão foi posicionado a R$ 129 a prazo. Em Mato Grosso, os preços permaneceram firmes no decorrer do dia. Em Cuiabá, o preço de balcão ficou posicionado a R$ 118 à vista, mesmo valor que em Araputanga. No Mato Grosso do Sul, os preços permanecem acomodados. Em Dourados, o preço de balcão permanece posicionado a R$ 117 à vista, mesma cotação de Campo Grande.

Dólar

Apesar de ter trabalhado no negativo boa parte da semana passada, a moeda norte-americana conseguiu terminar a sexta-feira, dia 30, valorizada em 0,18%, cotada entre R$ 3,3140 e R$ 3,3160. Esse patamar de R$ 3,30 indica muita cautela por parte dos investidores diante da incerteza política e fiscal no Brasil. Outro fator que começa a trazer preocupação para o mercado é a possibilidade de retirada de estímulos pelos principais bancos centrais.

O BofA Merrill Lynch classificou o Brasil como o terceiro mercado mais vulnerável entre os países emergentes. Perdendo apenas para a África do Sul e a Turquia. Assim, o dólar comercial terminou negociado a R$ 3,3140 (+0,18%). Na semana, houve queda acumulada em 0,75%, porém elevação de 2,38% na média mensal. Na mesma linha, o dólar soma altas de 5,84% no trimestre e 1,91% no ano.

Previsão do tempo

A semana começa com frio em partes do Sudeste e do Sul do Brasil. A previsão é de que a chuva persista sobre toda a faixa leste e norte do Nordeste.

Sul
Nuvens ainda cobrem o norte e leste do Paraná. Assim, não se descarta eventual chuva fraca sobre o litoral norte de Santa Catarina e o leste do Paraná, mas o tempo fica firme em todas as demais áreas. O destaque ainda é uma massa de ar frio que mantém as temperaturas baixas pela manhã, especialmente nos pontos mais altos da Serra Geral. Porém o frio não é tão intenso como no domingo, nem são esperados valores extremos. Durante a tarde, no entanto, as máximas já ficam mais confortáveis do que no dia anterior, por conta da presença do sol.

Sudeste

Ainda restam muitas nuvens e umidade desde o litoral de São Paulo até o Espírito Santo, incluindo o extremo nordeste mineiro. O destaque é a intensificação de uma massa de ar frio que mantém as temperaturas baixas pela manhã em toda a região. Chega a fazer mais frio do que no domingo na maior parte da região, com destaque para a Serra da Mantiqueira. Durante a tarde, no entanto, as máximas ficam mais confortáveis do que no dia anterior.

Centro-Oeste
As condições de tempo pouco mudam nesta segunda-feira, dia 3. Ainda restam muitas nuvens e umidade sobre Mato Grosso do Sul, mas o tempo fica firme e o sol predomina por mais tempo, em relação ao dia anterior. O destaque é a intensificação de uma massa de ar frio que mantém as temperaturas baixas pela manhã nesse estado. Em outras áreas do Centro-Oeste, o tempo não muda muito. Em Mato Grosso, já não chove há mais de dois meses entre o centro e o leste do estado, e isso aumenta o potencial para queimadas.

Nordeste
As instabilidades ainda persistem em todo o litoral da região. A chuva é mais intensa nas capitais São Luís, Fortaleza, Natal, Recife, Salvador e Maceió. Por conta do solo encharcado dos dias anteriores, não se descartam transtornos em áreas de risco. Já o tempo fica firme do centro-sul do Maranhão até o centro da Bahia, além do sertão.

Norte
Há previsão de chuva forte em Boa Vista e Macapá. Trata-se da combinação da circulação de ventos em médios e altos níveis da troposfera, que mantêm a atmosfera instável e trazem nuvens carregadas e chuvas. O fenômeno da friagem retorna para a faixa sul da região e deixa as temperaturas mínimas mais baixas. No sul do Tocantins, onde não chove há quase três meses, a umidade relativa fica mais baixa.