Os contratos da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam com preços mais altos. O excesso de chuvas no cinturão produtor dos Estados Unidos pode atrasar a colheita, o que impulsionou os contratos. Há preocupação também com o retorno do clima seco no Brasil, o que poderia prejudicar o plantio da oleaginosa.
De acordo com o agrometeorologista da Somar, Celso Oliveira, há possibilidade de replantio tanto da soja como do milho em algumas regiões de Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás. Segundo ele, as chuvas estão diminuindo e a previsão é de tempo seco para boa parte das áreas de grãos. Novas precipitações devem acontecer só a partir da segunda quinzena de outubro, o que poderia fazer o produtor rural também desacelerar a semeadura.
O resultado das exportações semanais americanas também ajudou na sustentação das cotações na bolsa internacional. Os embarques líquidas de soja do país, referentes à temporada 2017/2018, com início em 1º de setembro ficaram em 1,01 milhão de toneladas na semana encerrada em 28 de setembro. Os analistas esperavam algo entre 600 mil e 1,2 milhão de toneladas.
No Brasil, os preços da soja subiram desta quinta-feira, dia 5, no mercado físico. A movimentação também melhorou diante da combinação de alta do dólar e boa elevação nos contratos futuros de Chicago.
Mesmo melhor, o volume negociado foi pequeno, envolvendo 10 mil toneladas no Rio Grande do Sul e cerca de 5 mil toneladas por praça nos demais estados.