Trigo sobe 5% em Chicago com preocupação de tempo seco nos EUA

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Danoil Bianchi/Arquivo Pessoal

Dólar
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos acima do esperado favoreceu a alta do dólar frente ao real e outras moedas emergentes. O PIB americano cresceu 1,4% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2016.

Aqui dentro a alta da moeda norte-americana foi sustentada pela incerteza política e fiscal. O governo teve em maio déficit primário recorde no mês e isso aumenta a preocupação do mercado com a capacidade de aprovação das reformas necessárias para controlar as contas públicas.

Nesta quinta-feira, 29, o dólar comercial variou entre R$ 3,272 e R$ 3,316 para no final do dia fechar a R$ 3,308, com elevação de 0,73%.

Soja
soja no mercado interno mostrou melhor movimentação ao longo desta quinta-feira nas principais praças de negociação do país. Atingindo o quinto dia consecutivo de ganhos, a oleaginosa da bolsa de Chicago (CBOT) encerrou mais uma vez no campo positivo. A moeda norte-americana também encerrou em alta, ajudando na recuperação dos preços internos. Houve relatos de comercialização em Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.

Em Chicago alguns fatores contribuíram para a alta. A menor aversão ao risco no mercado financeiro após o produto interno bruto americano ter superado a expectativa provocou alta no petróleo e desvalorização do dólar frente a outras moedas, o que impulsionou as commodities. Além disso, o mercado monitora as informações do clima nas lavouras norte-americanas.

Nesta sexta-feira, 30, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga o relatório de área plantada no país. Pela primeira vez na história a área de soja deve ser maior que a do milho. O órgão também revela nesta tarde os dados sobre estoques trimestrais.

Milho
Alguns negócios foram reportados para o milho, no entanto, o mercado brasileiro está em compasso de espera. Os compradores ainda sustentam a estratégia de comprar volumes apenas pontuais, aguardando pela entrada da maior parcela segunda safra. Os analistas indicam que conforme os trabalhos no campo continuem a tendência de queda aumenta. Veja como fechou o preço do milho.

Na bolsa de Chicago as cotações tiveram uma predominante alta entre os principais contratos em vigência. A alta do petróleo no decorrer do dia e os números envolvendo o PIB americano também contribuíram para o pregão ficar no campo positivo. O mercado também aguarda os relatórios que serão divulgados nesta sexta-feira. No curto e médio prazo os modelos climáticos envolvendo o meio-oeste americano ainda são essenciais para a formação da tendência de preços.

Trigo
Um dos destaques foi a expressiva alta do trigo na bolsa de Chicago. O cereal teve um ganho de cerca de 5% devido às preocupações com um clima mais seco nas lavouras americanas, o que poderia reduzir a produção de trigo por lá. Esta foi a terceira sessão consecutiva que a bolsa ficou no positivo.

Aqui no Brasil o mercado de trigo se aproxima do encerramento da última semana de junho com elevações de preços, justificadas por uma oferta menor, tanto no âmbito doméstico, quanto no Mercado Comum do Sul (Mercosul). Por outro lado, é importante destacar que a maioria das indústrias de maior porte encontram-se bem abastecidas, tendo antecipado as compras quando as cotações estavam mais baixas, tendo pouca necessidade de novas aquisições neste momento. Veja o preço do trigo.

No Paraná a evolução do plantio atinge 92% da área esperada, entrando na reta final dos trabalhos e sem maiores problemas relacionados ao clima. No Rio Grande do Sul, houve novamente bom avanço semanal, chegando a uma área cultivada de 71% no estado, reduzindo assim as preocupações com a janela de plantio, apesar de já ter ocorrido reportes de desistências de área nesta semana.

Café
Nesta quinta-feira o produtor aproveitou a alta do arábica na bolsa de Nova Iork durante o dia, para realizar alguns negócios. Depois que bolsa desacelerou um pouco o mercado deu uma esfriada. Mesmo assim os preços do café ficaram firmes.

Lá fora as cotações avançaram diante da baixa do dólar contra outras moedas, em função da divulgação de um produto interno bruto americano com crescimento acima do esperado no primeiro trimestre deste ano. Fatores técnicos também contribuíram para os ganhos e Nova Iork se recuperou das perdas do dia anterior.  Com isso o contrato de setembro de 2017 terminou em alta de 1,56%, cotado a 126,35 cents por libra-peso.

Boi
Segundo a consultoria Safras & Mercado, os preços do boi gordo seguem com pressão de queda ao longo desta semana. Os frigoríficos permanecem com escalas de abate bastante confortáveis, entre cinco e sete dias úteis. Na Bm&f o pregão realizado no decorrer da quinta-feira foi caracterizado pela predominante alta entre os principais contratos em vigência. Fundamentalmente diversos frigoríficos seguem testando o mercado no decorrer da semana. Entretanto é importante ressaltar que o movimento de queda começa a perder intensidade.

A Scot Consultoria indica que houve queda em quinze das trinta e duas regiões pesquisadas. No curto prazo ainda há espaço para a manutenção da pressão baixista, porém o avanço do calendário deve fazer com que a oferta remanescente de gado da safra seja cada vez menor, fator que deve atuar como limitante das quedas de preço.

Previsão do tempo

Como fica o clima em julho?
A chuva continua mais frequente nos extremos norte e sul do Brasil e também nas áreas mais próximas ao litoral do Sudeste e Nordeste. Porém, mesmo assim, a água do mar mais fria do que o normal na costa do Nordeste pode deixar a chuva abaixo da média no leste desta região e ligeiramente acima da média no sul da Bahia. Julho também terá chuva acima da média no extremo sul do Rio Grande do Sul e chuva abaixo da média desde o norte gaúcho até o Mato Grosso do Sul e de São Paulo ao sul mineiro. Há previsão da entrada de duas ondas de frio significativas, uma na primeira semana e outra na segunda semana do mês. Considerando julho como um todo, a temperatura mínima pela manhã fica abaixo da média na maior parte do país, com exceção do Rio Grande do Sul. A temperatura máxima da tarde fica acima da média entre o Rio Grande do Sul e o sul de Santa Catarina e no Amazonas, Acre e Roraima. Em outras áreas do Brasil, a máxima fica abaixo do normal.

Sul
Nesta sexta-feira, instabilidades levam nebulosidade e chuva para a metade norte e leste do Rio Grande do Sul, todo o estado e Santa Catarina também no sul, oeste e no leste do Paraná. Apesar de não haver previsão de volumes de chuva elevados, não se descarta ainda eventual chuva forte e pontual. Por outro lado, com o avanço de uma nova massa de ar mais frio a partir do Uruguai, o tempo já começa a abrir na região da campanha gaúcha, ao mesmo tempo que a temperatura volta a cair ao longo do dia nesta área. No norte do Paraná, tempo segue seco e quente, com ventos mais fortes.

Sudeste
No Sudeste o tempo muda em parte do estado de São Paulo. Nuvens ficam mais carregadas no oeste e sul paulista, e no final do dia levam chuvas isoladas e de baixo acumulado para o litoral e Vale do Ribeira. No interior da região o tempo continua seco, com maior amplitude térmica e durante a tarde, as temperaturas seguem confortáveis. No Espírito Santo a chuva associada à umidade que vem do mar continua, mas de maneira localizada e concentrada no litoral norte à noite. 

Centro-Oeste
O tempo muda ligeiramente nesta sexta-feira nesta região. Nuvens ficam mais carregadas no decorrer do dia entre o Mato Grosso do Sul e o sul de Goiás, mas a condição para chuva ainda é muito pequena. Sobre o Mato Grosso do Sul, ventos sopram moderados com algumas rajadas no decorrer do dia. No restante da região o tempo segue firme, com maior amplitude térmica. 

Nordeste
A chuva segue nas regiões costeiras do Nordeste, mas desta vez também caminham um pouco mais pelo interior do Nordeste, por causa de uma área de instabilidade. Aumenta o volume de chuva previsto desde Natal (RN) até Salvador (BA), e devido ao solo já encharcado dos dias anteriores não se descartam transtornos em áreas de risco nesta área mais próxima à costa. No oeste nordestino, tempo não muda e continua firme e quente. No noroeste baiano, por exemplo, não chove há quase três meses. A umidade relativa do ar segue abaixo dos níveis críticos nestas áreas.

Norte
Nesta sexta-feira, o tempo pouco muda nesta região. Pancadas de chuva isoladas e de baixo acumulado atingem parte do Acre, mas as chuvas mais fortes e significativas continuam desde o noroeste do Amazonas até o norte do Pará, além do Amapá e de Roraima. Já no centro-sul da região o tempo seco garante um dia com sol entre nuvens. À tarde, sensação é de calor na maior parte do Norte.