Os preços do arroz atingiram o maior patamar desde o final do mês de março e superaram os R$ 40 por saca. Segundo a consultoria Safras & Mercado, o valor médio do produto no Rio Grande do Sul acumulou alta de 1,65% em relação ao mesmo período do mês passado. No entanto, quando comparado com igual momento do ano anterior, a baixa é de 18,46%.
A recuperação recente nos valores acontece devido ao término da colheita e à combinação de preços internacionais e dólar em alta. O arroz norte-americano nesta terça-feira, 27, fechou cotado a R$ 41,27, ainda 3,2% superior à média do mercado gaúcho. Isso significa que o produto brasileiro segue competitivo em relação ao maior exportador da América.
Além disso, a Safras & Mercado indica que países fornecedores de arroz no Mercado Comum do Sul (Mercosul) podem encontrar outros mercados e reduzir a pressão de oferta sobre o mercado brasileiro. Essa combinação de fatores daria uma pequena margem para recuperação dos preços aqui no Brasil até se atingir as paridades de importação e exportação
Para que a tendência de alta se consolide, no entanto, é necessário que essa competitividade se converta em embarques ao exterior e, consequentemente, maior necessidade de importação.
Já o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicou que essa alta nos preços aconteceu por conta da espera de preços melhores por parte dos produtores rurais e das indústrias mais ativas, que têm urgência em repor os estoques de arroz. O indicador Esalq/Senar-RS teve uma alta de 0,8% entre os dias 20 e 27 de junho.