Mesmo com clima e preços do grão favoráveis à realização dos tratos culturais, o poder de compra do cafeicultor brasileiro frente à ureia, um dos principais fertilizantes utilizados na adubação de cobertura, está menor nesta parcial de agosto frente ao mesmo período de 2016.
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), na média das principais regiões produtoras de café arábica, o produtor precisa de 6% mais grãos do tipo 6, bebida dura para melhor, para adquirir uma tonelada do adubo.
No caso do conilon, o poder de compra também diminuiu, sendo necessário vender 3% mais grãos do tipo 6, peneira 13 acima, para adquirir uma tonelada de ureia.
Esse cenário está atrelado às desvalorizações do café e à alta do valor da ureia, de 3,1%, em média, em um ano. Na parcial deste mês (até o dia 29), os preços do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, recuaram 3,5% frente a agosto de 2016. Para o robusta, no Espírito Santo, o café tipo 6, peneira 13 acima, se desvalorizou 2,77% na mesma comparação.