A produção brasileira de café da safra 2018, agora sob influência da bienalidade positiva e com uma expectativa de boas condições climáticas, deve ficar entre 54,44 e 58,51 milhões de sacas, com uma variação entre 21% a 30%, superior à do ano passado, quando atingiu 44,9 milhões de sacas. Os dados foram divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira, dia 18.
Para a área em produção, prevê-se um crescimento de 2,8%, devendo alcançar 1.916,1 mil hectares, enquanto que para a área em formação está estimada uma redução de 16,9%, podendo chegar a 286,5 mil hectares. Somadas, as duas devem atingir 2.202,6 mil hectares, menor em 0,2% à de 2017.
A produtividade, de um modo geral, deve beneficiar-se também dos efeitos positivos do clima e da bienalidade. Estima-se que fique entre 28,41 e 30,54 de sacas por hectare, com acréscimo equivalente a 17,7% e 26,5% frente ao ciclo anterior.
Café arábica
Para a nova safra estima-se que sejam colhidas entre 41,74 e 44,55 milhões de sacas, corresponde a um crescimento entre 21,9% a 30,1% quando comparado com a safra 2016, de 43,38 milhões de sacas. A expectativa é que em 2018, a produção retome o nível do volume produzido em 2016 devido à bienalidade positiva e mantenha a escala de crescimento que vinha ocorrendo anteriormente.
Apesar de estiagem ocorrida no início da floração, o que aumentou a desfolha dos cafezais, as chuvas tiveram início no final de setembro e, embora irregulares, foram suficientes para induzir a uma florada de alta intensidade em outubro.
Após a florada houve descontinuidade das chuvas, grande elevação das temperaturas e altas amplitudes térmicas, e essas condições se mantiveram até metade de novembro, quando o período chuvoso se firmou e as precipitações passaram a ocorrer com maior volume e regularidade.
Café conilon
Já o conilon deve ter produção entre 12,6 milhões de sacas e 13,9 milhões de sacas, com alta de 18,4% a 30,2% na comparação com o ciclo passado.
A produção do conilon está estimada entre 12,6 e 13,96 milhões de sacas, representando um crescimento entre 18,4 e 30,2% sobre a safra 2017.
Esse resultado se deve, sobretudo, a ciclo de recuperação do potencial de produtividade das lavouras do Espírito Santo e Bahia, além do aumento de produtividade em Rondônia, por causa do processo de maior utilização de tecnologias como o plantio de café clonal e ao maior investimento nas lavouras.