Após uma estiagem prolongada que se estendeu até o final de setembro, as principais regiões produtoras de café do Brasil tiveram alívio com o retorno das chuvas. Embora os índices de umidade do solo agora possam ser considerados até mesmo altos em importantes áreas produtoras de café, a preocupação do momento é com as altas temperaturas.
“O calor extremo é a questão em pauta, devido aos riscos de abortamento de flores”, apontou o agrometeorologista da Somar Meteorologia, Celso Oliveira.
No principal cinturão cafeeiro do Brasil, na região Sudeste, as temperaturas deverão permanecer bem altas por mais uma semana, com máximas alcançando os 35°C nas regiões mais afetadas, frisou Oliveira.
“Apesar disso, a situação da cafeicultura é mais tranquila na comparação com a soja e o milho, por exemplo, porque o café nasce em árvores, que têm raízes mais profundas e com maior capacidade de captação de água”, informou.