O Brasil exportou em junho quase 30 vezes mais milho do que em junho do ano passado. Foram 563,2 mil toneladas, ante 19,3 mil toneladas. O resultado reflete o câmbio favorável às vendas externas em um momento de preços enfraquecidos do milho no mercado interno.
O faturamento passou de US$ 4,4 milhões em junho de 2016 para US$ 90,8 milhões no mês passado, mesmo com a queda de 29,4% do preço médio, na mesma base de comparação, que passou de US$ 228,20 por tonelada para US$ 161,20 por tonelada. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 3, pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Os embarques também cresceram em relação a maio. Em volume, a alta foi de 81,7%, ante 310 mil toneladas e, em faturamento, de 70,7%, ante US$ 53,2 milhões.
No acumulado dos seis primeiros meses do ano, no entanto, os resultados são negativos. As exportações de milho somam 3,208 milhões de toneladas, 74% menos que as 12,268 milhões de toneladas embarcadas nos seis primeiros meses de 2016, quando a demanda externa aquecida e os preços internacionais atrativos fizeram produtores e cooperativas priorizarem o mercado externo, o que acabou afetando o abastecimento de granjas e indústrias de ração no Brasil.
A receita no período somou US$ 1, bilhão, 50% menos que a receita de US$ 2 bilhões registrada nos seis primeiros meses do ano passado