Com a colheita do milho 2016/2017 tomando forma, aproxima-se o momento no qual o mercado se volta para escoar o grão de Mato Grosso. Uma grande parcela desse cereal tem o mercado externo como destino, o que acaba por tornar o preço altamente dependente dos gastos de envio aos portos.
O frete alto, em conjunto com as baixas cotações praticadas no estado, faz com que o cenário não seja bom. Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em Sorriso (MT), no mês de junho do ano passado o milho disponível estava cotado a R$ 34,21, enquanto o frete da cidade até Santos estava a R$ 16,14 por saca, com uma diferença de R$ 18,07.
No entanto, neste ano essa diferença entre o preço milho e o frete é de apenas R$ 0,81, o que indica que os custos de escoamento da segunda safra poderão ser mais altos que o próprio preço do produto.
A expectativa é que nos próximos meses, a alta produção, em adição à indisponibilidade de armazéns no estado, pressione ainda mais os fretes. Diante desse cenário, a entidade reforça a necessidade, entre outras coisas, de agregar valor ao grão dentro do estado.