As negociações de milho continua atrasadas para a safra 2016/2017. A comercialização na média de Mato Grosso foi foi impulsionada para 24,79%, sendo a maioria deste valor negociada por forma de “troca”. Os dados são do boletim divulgado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária.
Nesta safra, alguns do produtores, que não conseguiram cumprir os seus contratos com o mercado em 2015/16, transferiram o pagamento para 2016/17. Porém, na média de Mato Grosso, as vendas ainda se concentram 45,6 p.p. menores ante o relatório do mesmo período do ano anterior.
O contrato para dez/16 na Bolsa de Chicago (CBOT) apresentou recuo de 1,25%. O relatório de oferta e demanda divulgado na última semana pelo USDA aumentou a expectativa de produção para o milho dos EUA.
Oferta abundante
O USDA divulgou o seu relatório de oferta e demanda e causou um movimento baixista nas cotações do CBOT. Isso por que os dados de produção norte-americana, ao contrário do que se esperava, foram ajustadas para cima, agora estimados em 386,75 milhões de toneladas. Os estoques finais também apresentaram alta, subindo para 61,05 milhões de toneladas.
O Brasil e Argentina não tiveram importantes movimentações em relação ao relatório anterior e continuam apresentando uma produção acima do que observado na safra 2015/16, criando expectativa, até o momento, de um período abundante em todo o mundo.
Como a produção recorde de milho nos EUA já foi bem absolvida pelo mercado e a colheita está perto do fim, as expectativas em torno da safra na América do Sul começam a ganhar peso sobre as cotações do milho.