Equipe de fiscais estaduais agropecuários prepara laudo pericial sobre flagrante de abate clandestino realizado em Marau, na região Norte do Rio Grande do Sul, para enviar ao Ministério Público. Na última semana, os fiscais da Inspetoria de Defesa Agropecuária da cidade, em parceria com a Brigada Militar e o Serviço de Inspeção Municipal, flagraram um cenário de horror em uma propriedade.
– Encontramos animais abatidos em péssimas condições de higiene, ferindo todos os princípios de bem-estar animal – diz a fiscal estadual agropecuária Gisele Branco.
Os animais abatidos foram transportados sem Guia de Trânsito Animal e sem registro na propriedade de origem.
Os fiscais ainda encontraram um animal vivo, sem registro na propriedade de origem e, consequentemente, sem comprovação de vacina contra a febre aftosa. O exemplar foi considerado de alto risco sanitário, sendo potencial transmissor de enfermidades. Entretanto, como foi abatido em um frigorífico legalizado, mediante inspeção, a carne pode ser consumida e foi doada para uma instituição de caridade de Marau.
A Associação dos Fiscais Estaduais Agropecuários (Afagro-RS) alerta a população sobre os riscos de consumir carne sem inspeção.
– As condições encontradas neste abatedouro clandestino assustam e oferecem altos riscos à saúde animal e humana – diz o presidente da entidade, Antonio Augusto Medeiros.
O Rio Grande do Sul, que registra no agronegócio boa parte do PIB, tem na fiscalização agropecuária uma atividade fundamental.
– O flagrante de nossos colegas de Marau mostra que o trabalho do fiscal é o diferencial para garantir que o alimento que chega à mesa da população gaúcha é mais seguro – conclui.