Os fiscais agropecuários do Rio Grande do Sul decidiram hoje, dia 18, por unanimidade, paralisar as atividades durante a Expointer 2015, marcada para começar no dia 29, em protesto contra contra o parcelamento dos salários.
A Expointer deve receber 2,3 mil animais rústicos e 4,7 mil animais de argola. Normalmente, eles passam pelo crivo dos fiscais antes de ingressarem na feira.
A paralisação durante a Expointer contará com dois momentos de mobilização. A primeira, no dia 29, no momento da abertura dos portões ao público, e no dia 4 de setembro, na abertura oficial, durante o desfile dos campeões, em conjunto com as demais categorias de servidores públicos do executivo.
Segundo a Associação dos Fiscais Agropecuários do Rio Grande do Sul (Afagro-RS), que organiza o movimento, caso confirmado o parcelamento dos salários até o dia 31 de agosto, os fiscais – inclusive os que estão trabalhando na feira – paralisarão as atividades nos dias 1, 2, 3 e 4 de setembro, juntamente com o restante do funcionalismo gaúcho.
A categoria também decidiu paralisar as atividades nos próximos três dias. Amanhã, dia 19, e quinta, dia 20, serão mantidos os serviços de inspeção em frigoríficos, sob a alegação de que muitos animais já estão se deslocando aos abatedouros. Caso ocorra a paralisação do início de setembro, a inspeção será totalmente suspensa nos dias previstos.
A paralisação foi decidida em Assembleia Geral da categoria, com a presença de 120 fiscais. A categoria afirma que manterá as atividades funcionando em até 30%. O atendimento de casos de emergência ou suspeitas de doenças será realizado normalmente.
Motivo
Esta não é a primeira vez que os fiscais agropecuários decidem por entrar em greve. No começo do mês, a categoria decidiu paralisar as atividades para protestar contra o parcelamento do pagamento dos salários referentes ao mês de julho, que será feito em três parcelas, até o dia 25 de agosto.
O parcelamento foi anunciado no final do mês passado pelo governo do estado, que informou que “sem alternativas para superar o deficit crescente dos últimos meses e com a arrecadação aquém das projeções, precisou escalonar o pagamento”.