O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou, após de dez anos, o novo Censo Agropecuário. O processo começou nesta segunda-feira e a previsão é que vinte mil agentes rodem o Brasil juntando dados que devem servir de base para o desenvolvimento de políticas públicas e privadas a partir de 2019.
De propriedade em propriedade, os agentes vão visitar mais de cinco milhões de propriedades rurais até fevereiro do ano que vem, em todo o Brasil. “O Censo é a principal e mais completa investigação estatística sobre a estrutura e para produção agropecuária do país. Ele é essencial para dimensionamento das áreas cultiváveis, para aplicação de implementos agrícolas, para a distribuição dos animais, da área plantada, para estudos de políticas públicas e investimento público e privado”, disse a coordenadora operacional do Censo no Distrito Federal, Mônica Lima.
Para o trabalho, 20 mil agentes foram contratados. A participação do produtor é muito importante e os recenseadores podem ser identificados pelo colete, boné e crachá do IBGE. As informações passadas também são tratadas com sigilo, conforme informou o coordenador técnico do IBGE do Distrito Federal, João Alves de Lima.
“A visita se faz em campo, onde nós batemos em cada porteira. Abordamos o produtor ou o seu representante no estabelecimento agropecuário e coletamos as informações que estão no questionário. A expectativa que a gente tem é de que o produtor nos receba bem, porque essas informações são muito importantes para a sociedade e, principalmente, para ele”, disse Lima.
O produtor rural Leomar Cenci está na expectativa pela visita, pois acredita que as informações são importantes para os negócios do campo. “Acho que a agricultura vai crescendo com informações precisas, não apenas em tecnologia, mas na parte de mercado. Essas informações são extremamente importantes”, disse.
O último censo foi realizado há mais de dez anos e muitas informações estão defasadas, tanto referentes à produção agrícola, pecuária, como também da realidade social da população rural.
A previsão é que dados preliminares sejam divulgados no segundo semestre de 2018. “Com base nesse raio-x da agropecuária e da agricultura familiar, poderemos fazer uma avaliação dos impactos que estão acontecendo. Serve para fazer um belo estudo para o planejamento dessas políticas”, disse Everton Ferreira, subsecretário da Secretaria de Agricultura Familiar.