Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira, dia 11, com preços mais baixos. Na véspera do relatório de dezembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o mercado buscou um melhor posicionamento e garantiu a quarta sessão consecutiva de perda.
O clima na América do Sul segue no foco das atenções. Mesmo que as condições sejam de poucas chuvas no momento, a previsão de retorno das precipitações a partir da segunda quinzena do mês ajudaram a pressionar o mercado.
O USDA deve elevar a sua estimativa para os estoques finais americanos de soja em 2017/2018. Para os estoques mundiais, a previsão é de manutenção para o ciclo 2016/2017 e corte para 2017/2018.
O mercado projeta estoques 2017/2018 de 12,1 milhões de toneladas de soja. Em novembro, o USDA indicou estoques em 11,5 milhões de toneladas. Na temporada anterior, os estoques ficaram em 8,1 milhões de toneladas.
Para os estoques mundiais, a previsão para 2016/17 deve ser de 96,3 milhões de toneladas, repetindo novembro. Para 2017/18, o número deverá ser rebaixado para 97,9 milhões de toneladas, contra 97,8 no mês passado.
Aqui no Brasil, o mercado teve uma segunda de poucos negócios e preços recuando nas principais praças do país. Chicago caiu e o dólar teve um dia volátil.
Enquanto isso, as exportações brasileiras seguem aquecidas. Os embarques da oleaginosa alcançaram volume recorde para os meses de novembro, com 2,1 milhões de toneladas, ou 581% de aumento em relação ao mês do ano passado. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura.