Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira, dia 6, com preços mais altos. Após iniciar o dia no território negativo, o mercado se recuperou gradualmente, fechando próximo das máximas do dia.
A alta lá fora, no entanto, foi limitada pelo resultado negativo da taxa de ocupação americana em setembro. O dado sustentou o dólar e pressionou o petróleo, tirando competitividade dos produtos de exportação dos Estados Unidos.
Nesta semana o mercado permanece com as atenções voltadas para o clima norte-americano e na América do Sul para os trabalhos de colheita e plantio, respectivamente. Nos EUA, os trabalhos de campo da nova safra evoluem em um ritmo satisfatório, embora um pouco atrasados frente à média. Uma frente fria chegando ao meio-oeste para a segunda quinzena de outubro preocupa principalmente para a soja que necessita acelerar trabalhos de colheita. As produtividades registradas, até o momento, estão dentro do esperado, embasando o sentimento de uma grande produção do país, conforme projetado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
A entrada desta grande safra naturalmente pesa sobre o mercado, impedindo ajustes positivos maiores. No entanto, sinais de demanda aquecida pela oleaginosa seguem no radar. Novas e volumosas exportações vêm sendo anunciadas, o que traz algum fôlego para Chicago.
No Brasil, a melhora climática registrada nos últimos 10 dias começa a permitir a retomada de um bom ritmo nos trabalhos de semeadura da nova safra. A chegada da umidade ao Centro-Oeste e Sudeste do país começou a regularizar a situação dos solos. As previsões indicam a continuidade das chuvas, mas já apontam para irregularidades em alguns estados nas próximas semanas. O mercado climático volta a ganhar força, apontando agora para a América do Sul.
Segundo a consultoria Safras & Mercado, o plantio do grão na temporada 2017/2018 atingiu 5,6% no Brasil, na semana encerrada em 6 de outubro. Em igual período do ano passado, a semeadura estava em 10,4%. A média para o período é de 5,3%.
No Paraná, o plantio já ocupa 20%, contra média de 17,8%. Em Mato Grosso do Sul, a área já semeada ocupa 10%, acima da média de 4,4% para o período. Em Mato Grosso, principal produtor da oleaginosa, os trabalhos estão atrasados: 5%, abaixo da média de 6,6%.