Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam com preços mais altos. O vencimento de janeiro operou a maior parte do dia acima de US$ 10 por bushel, atingindo US$ 10,08 1/2 na máxima do dia.
O mercado foi sustentado pelas previsões de clima seco para a Argentina ao longo da semana. A falta de chuvas pode comprometer a umidade do solo, o plantio em algumas regiões e o desenvolvimento inicial das lavouras daquele país.
Considerações técnicas altistas estão sendo tomadas, uma vez que o fenômeno climático La Niña se expande com força no mês de dezembro.
Segundo a consultoria AgResource, desde o começo de novembro, um cenário de precipitações em retração tem sido o protagonista da meteorologia do Rio Grande do Sul e do leste argentino. Do dia 1 de novembro até 18 de dezembro, estas regiões só deverão receber de 40% a 60% das chuvas médias, para um ano comum.
No entanto, essa reação de alta foi limitada pelo desempenho de outros mercados. O petróleo caiu mais de 1% em Nova York e o dólar subiu frente a outras moedas, tirando competitividade dos produtos de exportação americanos, caso da soja.
Nesta segunda-feira, dia 4, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou dados da exportação norte americana, Até a semana encerrada no dia 30 de novembro, 1,8 milhão de toneladas foi embarcada. Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 1,7 milhão de toneladas. No ano passado, em igual período, o total fora de 1,9 milhão de toneladas.
Aqui no Brasil os preços das soja oscilaram entre estáveis e mais altos nas principais praças do país. A alta de Chicago, que nas máximas do dia superou 1%, ajudou a sustentar as cotações.
O ritmo dos negócios também melhorou e só não foi mais acentuado devido à queda do dólar. Houve registro de negócios envolvendo cerca de 50 mil toneladas no Rio Grande do Sul, entre safra nova e velha. Mais 10 mil toneladas trocaram de mãos em Goiás e outras 10 mil em Minas Gerais.