Após quase atingir R$ 160 em abril, o Indicador do boi gordo Esalq/BM&FBovespa vem oscilando e começou a perder força neste segundo semestre. Na terça, dia 23, o Indicador caiu para um dos menores patamares do ano: R$ 147,85 por arroba, recuperando-se já na quarta, dia 24, quando fechou a R$ 150,00. A análise é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Ainda que o movimento em agosto seja de baixa, o Cepea observa uma grande variação entre os valores negociados, refletindo as diferentes características dos negócios e das condições dos operadores. Segundo os pesquisadores, a pressão sobre as cotações da arroba vem, dentre outros fatores, das escalas de abate já preenchidas com animais adquiridos antecipadamente e das condições pouco favoráveis da engorda fora do confinamento.
“Não tem sido incomum, no entanto, que negócios ocorram a valores consideravelmente acima da média, nestes casos, devido ao tamanho do lote ou da especificação do produto”, diz o relatório.
No correr de agosto, especificamente, o Cepea verifica que muitos operadores têm participado pontualmente do mercado, o que resulta em maior variabilidade da amostra e, consequentemente, em oscilações do Indicador.