CMN deve aprovar renegociação de dívidas nesta semana

Centro-Oeste e o Matopiba são as regiões beneficiadas, já que foram as que mais sofreram com a estiagem na safra 2015/2016

Fonte: Pixabay/divulgação

Dívidas da safra 2015/2016 devem ser renegociadas para produtores da região Matopiba, do Centro-Oeste e de alguns estados do Nordeste. A expectativa é que decisão saia ainda nesta semana. O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, disse que as resoluções devem sair ainda nesta semana em reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN).

“Nós fizemos a gestão e acertamos com o Ministério da Fazenda, Mapa e com o Banco Central. Está tudo alinhado. Não posso garantir, mas está muito bem encaminhado e tem sensibilidade da equipe econômica da Fazenda. Estamos muito confiantes que vai ser convocado e votado ainda nesta semana”, afirma Geller.

Os financiamentos de custeio e investimento vão ser revistos para agricultores da região do Matopiba, que inclui Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, além de produtores de Sergipe e Espírito Santo. No Centro-Oeste, a renegociação vai ser apenas para dívidas de investimento.

Os recursos para bancar a renegociação vão ter que sair do atual Plano Safra, que contempla a temporada 2016/2017. Mesmo assim, o setor produtivo parece conformado.

“Dadas às dificuldades orçamentárias, realmente tivemos que tomar a decisão de usar recursos do plano, por uma questão de prioridade. As entidades entendem que é necessário resolver a questão das prorrogações e, na sequência, trabalharmos pelos recursos, que, talvez, necessariamente, terão que extrapolar o do plano safra e teremos que buscarmos outras alternativas”, salienta o presidente da Aprosoja-TO, Ruben Ritter.

O Ministério da Agricultura espera recompor o que foi retirado do Plano Safra no início do ano que vem.

“Nós não queremos baixar o volume do Plano Safra. Apontamos de onde poderia se tirar esses recursos e vamos trabalhar, agora, o orçamento de fevereiro e março para recompor. Esse é o acerto com a equipe econômica, até porque nós entendemos que o impacto financeiro, principalmente no Centro-Oeste, não vai ser tão grande”, finaliza Geller.