Milho: decisão da CTNBio frustra mercado

Compradores aguardam liberação do cereal dos Estados Unidos para aliviar preço, mas adiamento da análise da questão atrasa ainda mais a importação

O mercado brasileiro de milho se frustrou com o adiamento da decisão da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) sobre a importação de um milhão de toneladas do cereal dos Estados Unidos. A palavra final sobre o assunto será dada no começo de outubro, atrasando ainda mais a chegada do grão ao Brasil.
 
O analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias destaca que a estratégia dos compradores até outubro será a de continuar comprando poucos lotes. E aguardando oportunidade de negócio com produtores que precisam vender milho mais rapidamente.
 
A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou o dia com as cotações em alta. O mercado buscou recuperação, após atingir nesta semana o pior patamar desde 2009, refletindo a safra recorde dos Estados Unidos.
 
Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Dezembro/16: 3,23 (+9,50 centavos)
Maio/17: 3,41 (+8,00 centavos)
 
Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Rio Grande do Sul: 50,00
Paraná: 37,00
Campinas (SP): 42,50
Mato Grosso: 31,00
Porto de Santos (SP): 34,00
Porto de Paranaguá (PR): 33,00
 
Soja
 
O mercado brasileiro de soja teve uma quinta-feira de fraca movimentação. Com a Bolsa de Chicago com pouca variação, não houve grandes alterações nos preços e nem negócios reportados, mesmo com a alta do dólar, informa a Safras & Mercado.
 
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta entre altas e baixas. Após sete sessões de queda, o mercado tentou esboçar uma recuperação com base em fatores técnicos e também em decorrência da boa demanda pelo produto dos Estados Unidos, mas isso não foi suficiente.
 
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Novembro/16: 9,43 (-1,00 centavos)
Março/17: 9,50 (+1,75 centavos)
 
Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 76,50
Cascavel (PR): 76,00
Rondonópolis (MT): 74,00
Dourados (MS): 72,00
Porto de Paranaguá (PR): 80,00
Porto de Rio Grande (RS): 79,00
 
Café
 
O mercado físico brasileiro de café teve uma quinta-feira de preços mais altos, acompanhando a forte valorização do arábica na Bolsa de Nova York e os ganhos do robusta em Londres. De acordo com a Safras & Mercado, o dia foi mais animado nos negócios, com bons volumes diante da melhora nos referenciais para o vendedor. O café conilon no Espírito Santo atingiu novo recorde: R$ 433 a saca de 60 kg.
 
Café arábica em Nova York (centavos por libra-peso)
Dezembro/16: 150,10 (+4,20 pontos)
Março/17: 154,50 (+4,30 pontos)
 
Café conilon (robusta) em Londres (US$ por tonelada)
Novembro/16: 1852,00 (+24,00 dólares)
Janeiro/17: 1869,00 (+22,00 dólares)
 
Café no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Arábica/bebida boa – Sul de MG: 500-505
Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: 500-510
Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: 415-420
Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 430-433
 
Dólar e Bovespa
 
O dólar comercial encerrou o dia em alta de 0,76%, cotada em R$ 3,251. O índice Bovespa também subiu: variação de 0,58%, aos 58.236 pontos.