
Os contratos do café arábica na bolsa de Nova York subiram quase 3% no pregão desta quinta, dia 1º de setembro, devido a preocupações com o desenvolvimento dos cafezais no Brasil. Segundo a Fundação Procafé, os ramos do grão se desenvolveram pouco, devido às chuvas fortes no início do ano, e não apresentam boas condições para suportar a floração precoce.
Para o engenheiro agrônomo José Braz Matiello, a falta de folhas e os ramos secos podem reduzir o número de frutos e diminuir a produtividade da próxima safra. Como alternativa, muitos produtores estão podando os cafezais para recuperar as plantas e salvar a produção do ano que vem.
O mercado também está de olho nas geadas que atingiram as regiões cafeeiras nas últimas semanas. O contrato de setembro voltou a romper o patamar de 150 cents por libra/peso, como já havia adiantado o analista de mercado Marcus Magalhães, resta saber se esse valor vai se sustentar.
A editora do Tempo do Canal Rural, Pryscilla Paiva, alerta que as chuvas para o Sudeste brasileiro vão voltar em setembro, mas não devem atingir todos os cafezais. O volume de água estimado para essa região é de mais ou menos 50 milímetros, volume que pode melhorar a qualidade em algumas áreas produtoras.