A estimativa inicial era de que o Estado ? maior produtor de trigo, que contribui com 50% da produção do país ? colhesse 3,8 milhões de toneladas, mas essa expectativa caiu para 3,17 milhões de toneladas. Até agora foram plantados apenas 7% da cultura. O plantio se encerra no mês de dezembro.
Em entrevista, Hubner disse que a chuva pode prejudicar também outras culturas, como a segunda safra de milho, aveia e cevada. Segundo ele, o plantio da safra de verão não deve ser prejudicado, pois a previsão é de que pare de chover no próximo final de semana.
? Começamos a plantar o milho no final de setembro e a soja em outubro ? afirmou o engenheiro.
De acordo com o engenheiro, o levantamento mais detalhado sobre as consequências dessas chuvas só ficará pronto no final do mês.
Na Central de Abastecimento (Ceasa) de Curitiba, a chuva é a explicação para o aumento nos preços de alguns produtos nesta quarta, dia 9, nos supermercados. O argumento é que, além de destruir lavouras, ela impede a colheita. Segundo o gerente Valério Borba, entre 30 variedades de frutas e hortaliças pesquisadas, seis já tiveram aumento de preços.
? Como fica difícil colher, nós trazemos os produtos de outros Estados, como é o caso da batata, que, nos últimos dias, teve aumento de 62% ? explicou Borba.
Segundo ele, o tomate ficou 42% mais caro, o aipim, 20%, e a vagem, 33%.
? Assim que parar de chover, os preços estabilizam ? opinou o gerente.
O serviço de meteorologia do Paraná alerta para a possibilidade de temporais à tarde, principalmente nas regiões oeste, sudoeste e central do Estado.