A indústria de laticínios está cada vez mais atenta à qualidade do leite que vem das propriedades, principalmente após os escândalos envolvendo leites adulterados na região Sul do Brasil. Em Santa Catarina, empresas adotaram novas práticas de fiscalização, fazendo análise contínua de formol e treinamento de quem produz e transporta o produto.
De acordo com o encarregado de controle de qualidade da Aurora, Éderson Josué dos Santos, houve uma modernização nos laboratórios e dos sistemas automatizados, que dão indícios das fraudes. “Através desses indícios a gente pesquisa, avalia os produtores e as amostras dos produtores que chegam até nós”, disse.
Logo que o leite chega à indústria, são coletadas amostras e, se na primeira análise é detectado algum tipo de adulteração, todo o produto é descartado. Caso contrário, ele passa por mais três etapas de inspeção até ser liberado para prosseguir no processo. “Aquilo hoje que se é conhecido como possível produto pra adulteração de leite não passaria, nós temos hoje garantias de segurar aqui nesta etapa do nosso processo”, garantiu Éderson.
A maioria dos laticínios usa tecnologias similares ao analisador rápido, que consegue detectar se o leite pode ou não ter sido adulterado. De acordo com o gerente de tecnologias industriais, Cristiano Moresco, o aparelho trabalha com um banco de dados de diversos leites já escaneados e, por meio dessa comparação, indica quais leites estão bons ou não para o consumo. “Seria a primeira barreira pra evitar que qualquer tipo de adulterante entrasse pra dentro das fábricas”, avaliou.
Moresco revela que aumentou substancialmente o número de equipamentos vendidos nos últimos anos, o que significa que as empresas estão se protegendo mais contra as adulterações.