Muitas vezes da prática de atividades físicas de alta performance pelos cavalos podem resultar em algumas lesões como osteoartrite, tendinite e lesões ósseas ou musculares. Até hoje o tratamento era realizado com base em remédios e terapia e podiam durar meses. Mas, existe uma opção mais rápida para a cura dos animais, o tratamento com células tronco, que em alguns casos leva apenas 180 dias, do começo da terapia até o retorno do animal às pistas.
Este tipo de tratamento celular já é realizado no país há mais de dez anos, com o diferencial de não possuir efeitos colaterais e ser de rápida efetividade.
Segundo a bióloga, doutora em imunologia, Nance Nardi, muitos donos de animais desconhecem o tratamento com as células-tronco, que além de inovador tem baixo custo e altos índices de êxito depois de aplicadas as primeiras doses. “O tratamento celular pode resultar na cura total do animal, permitindo não apenas o alívio da dor, mas a volta da capacidade funcional integral”, diz a especialista.
Os valores do tratamento podem variar, mas em média chegam a R$ 1,2 mil a primeira dose e quando necessário, as seguintes ficam no valor de R$ 700, segundo informações da empresa CellVet-Medicina Veterinária Regenerativa. A estimativa da doutora Nance é de que o tratamento celular já tenha curado mais de 20 mil animais no mundo e de que esse número segue crescendo.
Entre as doenças que o tratamento pode colaborar está a osteoartrite, que é uma das principais doenças que afetam o sistema locomotor dos equinos, principalmente em animais de competição. Os sintomas são: dores fortes nas articulações, rigidez, inchaço da articulação, derrames e inflamação local em graus variáveis. A doença geralmente afeta animais adultos e causa tanto lesões ósseas quanto cartilaginosas.
Notícias Relacionadas
A terapia celular age de maneira a regenerar o tecido cartilaginoso do animal, de forma a recuperar a lesão e dar a ele a possibilidade de seguir com suas atividades normais, como antes do trauma. O objetivo da terapia celular direcionada aos animais que possuem osteoartrite ou alguma outra lesão óssea ou articular inclui alívio no desconforto, prevenção ou retardo do desenvolvimento de novas alterações degenerativas e restauração das articulações afetadas até o funcionamento mais normal ou indolor possível.
Outra doença que atinge aproximadamente 30% da população de equinos do Brasil, é a tendinite, que é uma lesão músculo-esquelética, com processo inflamatório do tendão. A doença é comum em cavalos de corrida, nos membros posteriores, devido ao esforço necessário. A tendinite tem como principais sintomas: o aumento de volume na região dos tendões flexores, sensibilidade dolorosa e temperatura aumentada na região do tendão acometido.
Caso de cura
Um bom exemplo de como este tratamento com células-tronco, para a cura de doenças tendíneas, é eficiente pode ser observado no cavalo da raça Puro Sangue Inglês, chamado Barak, que competia no hipismo e por conta de uma tendinite aguda, com rompimento parcial de um dos tendões, teve que parar de disputar as provas. Com aplicações de injeções de células-tronco coletadas do próprio tecido adiposo (gordura) de sua região lombar, o cavalo se recuperou totalmente em apenas 180 dias. “A terapia com células-tronco é também um tratamento sem riscos, que quanto mais for divulgado e entendido pela população, mais será adotado pelos donos dos animais”, afirma Nance.
