Os mercados conquistados pelo Brasil ao longo de 2015 e 2016, além do possível início dos embarques de Santa Catarina para Coreia do Sul, devem manter as exportações brasileiras de carne suína em alta, disse o Rabobank em relatório sobre o setor divulgado nesta quarta, dia 19.
Durante os primeiros oito meses de 2016, as exportações brasileiras de carne suína subiram 41% na comparação com igual período do ano passado, segundo o Rabobank. A Rússia se mantém como o principal destino, com um aumento de 3% no período. Porém, a dependência brasileira das importações russas diminuiu, já que outros destinos se tornaram mais relevantes no período.
A China, por exemplo, elevou significativamente suas importações e se tornou o terceiro principal destino. Desta forma, a participação russa nas exportações cederam de 45% em 2015 para 33% na parcial de janeiro a agosto de 2016.
Sobre a oferta doméstica, após um crescimento de 8% no primeiro semestre de 2016, na comparação com igual período de 2015, a produção deve se desacelerar no segundo semestre, finalizando o ano com a oferta levemente acima de 2015, afirma a análise do Rabobank. Com isso, os preços devem mostrar alguma recuperação durante o quarto trimestre deste ano.
O Rabobank ressalta que, durante setembro deste ano, os preços da carne suína no Brasil estavam em média 7% inferiores à média dos meses anteriores e 8% abaixo de igual mês de 2015.
Mercado global
A avaliação da instituição é a de que o aumento da oferta global e a iminente restrição da capacidade de abate dos EUA estão pressionando os preços globais, uma situação agravada pela desaceleração das importações chinesas.
No caso da China, a queda da produção local e a demanda sazonal para o Ano Novo Chinês devem sustentar os preços no quarto trimestre, após queda registrada no período anterior. “Isso deve sustentar as importações”, diz o banco.