O Senado aprovou nesta terça-feira, dia 1º, em votação simbólica, o projeto que classifica a vaquejada como patrimônio cultural imaterial (PLC 24/2016). O projeto original é do deputado Capitão Augusto (PR-SP).
Favorável ao projeto, o senador Roberto Muniz (PP-BA), lembrou que as práticas da vaquejada e do rodeio são tradições regionais e a população urbana não pode desprezar a cultura da população rural.
“ A gente precisa ressaltar que o povo que não tem memória perde a essência como Nação. Não quer dizer que aqueles que praticam a vaquejada não querem fazer um aperfeiçoamento dessa atividade. Assim tem sido no dia a dia das vaquejadas. A gente precisa discutir o que é cuidar do bem-estar animal, sem negar a possibilidade de uma manifestação cultural”, destacou Muniz.
Desde outubro, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou procedente ação do Ministério Público contra a lei que regulamenta as vaquejadas no Ceará, o tema ganhou força no Congresso Nacional. Para o parlamentar a decisão do Supremo pairou em dúvidas, com a necessidade do voto minerva da presidente da Corte. “ É preciso respeitar o campo brasileiro, debater as matérias e não deixar este segmento na berlinda”, reforçou o parlamentar.
O projeto considera patrimônio cultural imaterial do Brasil, além do rodeio e da vaquejada, expressões decorrentes como montarias, provas de laço, apartação, bulldog, provas de rédea, provas de três tambores, team penning, work penning, paleteadas e outras provas típicas, como quima de alho e concurso de berrante, bem como apresentações folcóricas e músicas de raiz.
O autor do projeto, deputado Capitão Augusto, foi entrevistado na edição desta terça do Rural Notícias. Confira: