Milho: dezembro deve reservar bons preços

Aperto nos estoques da Argentina e do Paraguai e necessidade da indústria vão trazer oportunidades de mercado para agricultores

Fonte: divulgação

O mercado de milho é cenário de uma queda de braço entre produtores e a indústria. Quem aguentar mais deve conseguir a melhor oportunidade de preços. De acordo com o analista de mercado da Informa Economics Renan Araújo, o período entre o fim de outubro e o começo de dezembro vai registrar a volta da indústria ao mercado, o que deve garantir preços melhores.

“Estamos com um estoque de passagem bem apertado. Neste mês, o setor de proteína animal vai precisar comprar para atender à demanda do fim do ano. A indústria vai precisar do mercado brasileiro, porque Argentina e Paraguai estão com os estoques ajustados e o preço do milho importado dos Estados Unidos está igual ao negociado no Brasil”, explica.

No exterior, o milho negociado na Bolsa de Chicago fechou as operações desta quinta-feira, dia 3, com preços mais altos. Apesar de pressionado por um movimento de realização de lucros, bem como pela expectativa de ampla oferta nos Estados Unidos, o mercado fechou em alta, refletindo a demanda mais firme para o cereal norte-americano.
 
Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Dezembro/16: 3,48 (+1,75 centavos)
Julho/17: 3,71 (+1,75 centavos)
 
Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Rio Grande do Sul: 44,00
Paraná: 37,00
Campinas (SP): 41,00
Mato Grosso: 30,00
Porto de Santos (SP): 33,00
Porto de Paranaguá (PR): 34,00

Soja

Os preços da soja oscilaram entre estáveis e mais baixos nesta quinta-feira no mercado brasileiro. Chicago teve uma leve alta, mas o dólar recuou, tirando motivação dos negociadores. Neste momento, há uma boa oferta no mercado, mas sem demanda, o que prejudica a efetivação de um maior volume de operações.

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta com preços mais baixos. Após quatro sessões de perdas, o mercado reagiu, ainda que moderadamente, por conta da boa demanda pela soja americana.

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Janeiro/17: 9,79 (+3,00 centavos)
Março/17: 9,96 (+2,75 centavos)
 
Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 74,50
Cascavel (PR): 72,50
Rondonópolis (MT): 72,50
Dourados (MS): 69,00
Porto de Paranaguá (PR): 77,00
Porto de Rio Grande (RS): 75,50

Café

O mercado físico brasileiro de café teve uma quinta-feira de preços firmes. As cotações foram sustentadas pelos ganhos do arábica na Bolsa de Nova York, tanto na quarta (quando foi feriado no Brasil), quanto nesta quinta. Houve algumas vendas reportadas, mas sem grande volume. Isso porque os vendedores esperam que o mercado nacional reflita mais os recentes ganhos da bolsa.
 
Café arábica em Nova York (centavos por libra-peso)
Dezembro/16: 165,65 (+2,75 pontos)
Maio/17: 171,40 (+2,75 pontos)

Café no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Arábica/bebida boa – Sul de MG: 530-550
Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: 520-550
Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: 495-505
Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 540-544

Dólar e Bovespa
 
O dólar fechou o dia cotado em R$ 3,236, baixa de 0,1%. O índice Bovespa caiu 2,49%, aos 61.750 pontos.