Varejistas reajustam preços da carne bovina

Alta chegou a 0,8% no Paraná e 0,6% em São Paulo; Na indústria heterogeneidade das escalas leva à busca de alternativas

Os varejistas, no sentido oposto ao que ocorre no atacado, apostaram no começo de novembro e impuseram altas de preços para a carne bovina, embora pequenas, segundo boletim da Scot Consultoria desta sexta-feira, 4.

Em São Paulo, a alta nesta semana foi de 0,6%. No Paraná o ajuste foi de 0,8%  e no Rio de Janeiro de outros 0,4%. Em Minas Gerais houve apenas estabilidade.

O mês começa com os preços nos açougues e supermercados paulistas 1,5% acima do registrado em igual período do ano anterior. A inflação no período supera em quase oito pontos percentuais este reajuste.

Na contramão

Mas se o mercado varejista vai muito bem, a indústria patina em algumas praças do País. A proximidade do pagamento de décimos terceiros salários e o começo de mês não deram o fôlego esperado para o mercado do boi gordo, que, em pleno período de sazonal alta nos preços, teve estabilidade e ligeira pressão de baixa. 

Em São Paulo, a heterogeneidade das escalas, que variam de 2 a 20 dias, indica que as indústrias têm buscado alternativas de compra que variam de mercado a termo, compra em outros estados, boiadas de parceiros e boiadas próprias. Os compradores que atuam somente no estado, realizando compra no mercado spot, têm as menores programações de abate.

Na análise de Alex Santos, a menor oferta de boiadas de cocho em todo o País ajuda a dar sustentação ao mercado, ajustando um pouco mais a disponibilidade de animais terminados à demanda existente.