EUA: como a eleição presidencial afeta o dólar?

A expectativa para especialistas é que um candidato possa provocar a alta da moeda e outro a queda

Fonte: Agência Brasil/Divulgação

O mercado financeiro volta suas atenções para a eleição presidencial dos Estados Unidos, que vai acontecer na próxima terça-feira, dia 8. Uma das principais preocupações dos economistas é em relação ao diferente rumo que o câmbio poderia ter caso Donald Trump ou Hillary Clinton assuma o cargo mais importante do país.

O sócio-diretor da AGR Brasil, Pedro Dejneka, ressalta a diferença mínima nas pesquisas entre os dois candidatos e o quanto os investidores ao redor do mundo estão ansiosos. “Existe um sentimento de que os republicanos tradicionais não reconheçam que vão votar no Trump por vergonha, mas provavelmente eles façam isso. Esse fato distorce as pesquisas e gera uma tensão no mercado”.

Em um cenário que Donald Trump seja eleito, a expectativa da consultoria é que o dólar tenha uma alta temporária, onde os produtores brasileiros poderão aproveitar bons momentos nos preços. Já com Hillary Clinton na presidência, o cenário seria do câmbio voltar ao rumo natural, para o patamar dos R$ 3,00.

“Mesmo que a Hilary ganhe, não significa que o dólar vai derreter da noite para o dia. Nós teremos aquela coisa de ‘dois passos para baixo e um para cima’. Os repiques do dólar acontecem e isso é natural. Da mesma forma que, se o Trump ganhar, após possível alta inicial, o câmbio volta a operar dentro da tendência. O produtor tem que ficar de olho e saber aproveitar as oportunidades tanto de alta quanto de baixa” explica Dejneka.