Após a adoção da medida que inclui as empresas produtoras de uva e vinho dentro da modalidade Simples Nacional, produtores pensam em investir no mercado. A notícia agradou também aos consumidores, que devem encontrar o produto mais barato na gôndola do supermercado.
André Gasperin é produtor de uva e tem uma pequena vinícola familiar em caxias do sul. Ele é um dos produtores que aguardava pela mudança e agora já começa a ter planos para o negócio. Segundo ele, a burocracia para se emitir uma guia de pagamento, montar uma tabela de preços, de acorco com cada estado, dificultam os negócios. “Creio que um dos principais ganhos vai ser essa questão de simplificar o próprio regime de venda e a tributação pra venda do nosso produto”, afirma.
A principal vantagem do Simples Nacional é que a cobrança dos tributos passa a ser feita por meio de apenas uma guia. Outra vantagem é que a competitividade aumenta, isso porque de acordo com o faturamento da vinícola, ela pode pagar menos tributos. Se a empresa é exportadora , ela pode dobrar a renda e continuar enquadrada no Simples. Fora dessa condição, a receita deve ser menor que R$ 4,8 milhões.
Outro objetivo da inclusão no Simples é tirar pequenas vinícolas da informalidade. Hoje, estima-se que no Brasil pelo menos mil e quinhentas estão nessa situação. O setor espera que deste total, 300 vinicultores optem pelo Simples Nacional.
Para o diretor de relações institucionais do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Paviani, não há mais razão para o produtor não optar pela formalização, já que o sistema vai diminuir a concorrência desleal.
Para o consumidor, a mudança também será positiva. Segundo os estudos do instituto, o preço deve cair entre 10% a 15% em produtos com a fruta.