De acordo com levantamento da Scot Consultoria, divulgado nesta segunda, dia 7, o preço do leite pago ao produtor fechou o segundo mês em queda. A média nacional ficou em R$ 1,178 por litro, sem o frete, o que represente queda de 1,2%, em média, no pagamento de outubro (produção de setembro), frente ao mês de setembro. Os recuos chegaram a 3,5% no Paraná e 4,7% em Rondônia.
Com as quedas nos preços dos lácteos no atacado, persiste a pressão da indústria sobre a cotação do leite ao produtor. A produção em alta e as importações ainda em grandes volumes explicam este cenário de queda que deverá perdurar no próximo mês (safra).
Do lado da produção, segundo o Índice Scot Consultoria de Captação, na média nacional, a produção aumentou 0,4% em setembro, em relação a agosto. Para outubro é esperado crescimento de 0,2% no volume, segundo dados parciais.
Para o pagamento de novembro (produção de outubro), 77% dos laticínios pesquisados acreditam em queda de preços ao produtor, 16% falam em manutenção e os 7% restantes acreditam em alta.
No mercado spot, os preços caíram na primeira e segunda quinzenas de outubro. Na segunda quinzena de outubro, os recuos foram maiores em Minas Gerais (4,3%) e Goiás (4,9%), e menores em São Paulo (1,0%).
A expectativa é de que os preços continuem pressionados, porém, as quedas deverão ser comedidas daqui para frente, visto a forte desvalorização nas últimas quinzenas.
Custos de produção
Depois de encerrar setembro com descréscimo de 2,5% em relação a agosto, os custos de produção da pecuária leiteira voltaram a subir no mês passado. O aumento foi de 1,4% em relação a setembro, fruto da alta do milho, dos fertilizantes e combustíveis. Na comparação com outubro do ano passado, os custos de produção da atividade acumulam alta de 16,2%.
Para o produtor de leite, fica o alerta com relação às margens da atividade, com a queda no preço do leite pago ao produtor e custos de produção ainda em patamares elevados.
No caso do milho, o mercado perdeu sustentação a partir de meados de outubro, com a menor movimentação interna e queda das exportações. Espera-se que com as chuvas mais regulares e melhora da capacidade de suporte das pastagens diminua a necessidade de suplementação concentrada do rebanho.