Produtores não têm como bancar US$ 40 bi para reflorestamento, diz Maggi

Segundo o ministro, será necessário financiar a juros baixos para reflorestar e recuperar pastagens degradadas para cumprir metas apresentadas na última conferência, em Paris

Fonte: Embrapa/divulgação

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, relatou nesta sexta-feira, dia 18, no microblog Twitter, que agricultores e pecuaristas não terão como bancar os custos do reflorestamento e de recuperação de pastagens degradadas, estimados em US$ 40 bilhões, para que o Brasil cumpra as metas apresentadas na 21ª Conferência do Clima (COP 21), de Paris. 

Para ele, será necessário financiamento de longo prazo e juros baixos nos próximos 14 anos (até 2030) para o reflorestamento de 12 milhões de hectares e a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas.

“Na reunião de ontem (quinta, dia 17) fui interpelado como a agricultura e a pecuária vão contribuir com as intenções que o Brasil levou a Paris em 2015. Com o acordo de Paris ratificado, fui claro de que os agricultores e pecuaristas não têm como bancar estes custos”, afirmou o ministro. “Os produtores vão precisar de apoio e financiamentos com prazos e juros condizentes com a atividade de campo”, completou. Segundo Maggi, além da rede social, as declarações foram feitas ontem na conferência do clima que ocorre esta semana, em Marrakech, no Marrocos.