A revisão do protocolo sanitário e a habilitação de seis novas centrais de inseminação no Brasil vão aumentar em quatro vezes a exportação de sêmen bovino para o Panamá. Atualmente, as vendas ao país da América Central são de cerca de 5 mil doses por ano e devem saltar para 20 mil nos próximos três anos. Esta é a expectativa da Associação de Criadores de Zebu do Panamá, que afirma que as raças mais procuradas pelos pecuaristas locais são nelore, gir leiteiro, girolando e guzerá.
“Essas raças se adaptam melhor ao nosso clima, que é muito quente e parecido com o clima brasileiro”, afirma o diretor da entidade, Gabriel Alexis Aparício. Segundo ele, a pecuária brasileira zebuína é uma das melhores do mundo e o Panamá tem “importado” técnicos brasileiros para expandir a produção de embriões no país.
Habilitação
Uma comitiva formada por cinco representantes do Panamá chegou ao Brasil na última segunda-feira, dia 21, e vai visitar seis centrais de inseminação no Brasil para inspecionar as operações sanitárias. A expectativa é que, se aprovadas, as primeiras exportações dessas unidades ocorram no primeiro trimestre de 2017.
“Após as visitas, vamos fazer uma apresentação do que foi feito aqui para o Ministério da Agricultura do Panamá e então vem a parte burocrática, que deve ser resolvida apenas no próximo ano”, afirma Alexis Villarreal, inspetor do Ministério do Desenvolvimento Agropecuária do Panamá.
A comitiva panamenha já esteve em Brasília, onde participou de reunião com representantes do Ministério da Agricultura brasileiro. De lá, os representantes seguiram para Goiás e, nesta quarta-feira, dia 23, visitaram a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) em Uberaba (MG). O próximo destino é Mogi Mirim (SP). A viagem termina no domingo, dia 27.