Carne bovina: consumo não melhora, e preços da arroba seguem pressionados

No mercado atacadista de carne bovina, estabilidade há duas semanas depois de uma queda de 2,7%

Fonte: SNA

Mercado parado, poucos negócios e pouco ímpeto dos compradores de carne bovina. O movimento, de acordo com a Scot Consultoria, que mais se vê é de baixa, completamente desalinhado ao sazonal para novembro.

No começo do segundo semestre, quando as margens das indústrias eram estreitas, o fraco consumo limitava as valorizações. Agora, é a oferta curta que impõem limitação ao movimento baixista provocado pelas vendas ruins de carne.

Em São Paulo, há um comportamento bastante distinto entre empresas que possuem contratos a termo, que são geralmente as maiores, que chegam a ofertar R$ 4,00/@ abaixo da referência, e as indústrias menores, que negociam somente no mercado spot e acabam pagando os valores de referência. Ainda assim, estes compradores resistem ao máximo em fazer qualquer oferta acima do mercado.

Esse comportamento se estende às praças onde o confinamento é mais presente.

Não há consumo que justifique aumentar a pressão de compra, mesmo que as indústrias tenham margem suficiente para isso, mesmo que as escalas atendam, no máximo, dois ou três dias, como ocorre com alguns frigoríficos do país. Escalas mais justas acabam sendo “adequadas” para a demanda atual.

No mercado atacadista de carne bovina, estabilidade há duas semanas depois de uma queda de 2,7%.

Reposição

A proximidade do fim da segunda etapa da campanha de vacinaçăo contra febre aftosa tem reforçado a baixa liquidez no mercado de bezerro. Na parcial de novembro (até o dia 23), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (macho, desmamado, nelore, com idade entre 8 e 12 meses, Mato Grosso do Sul) acumula leve alta de 0,24%, fechando a R$ 1.241,64 nesta quarta-feira, 23, segundo estimativa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).