A Scot consultoria apontou que o viés de baixa começa a perder força no mercado do boi gordo nesta sexta-feira, dia 25. Em São Paulo, por exemplo, ofertas de compra acima da referência são cada vez mais comuns no Estado.
No entanto, ainda existem indústrias com programações de abate mais alongadas, que continuam ofertando até R$2,00/@ abaixo da referência.
A oferta de boiadas está restrita e exerce pressão no mercado do boi gordo, contudo, o lento escoamento da carne no atacado não dá incentivos para que os frigoríficos ofertem preços melhores pela arroba dos animais terminados, o que colabora para um mercado travado, andando de lado na maioria das regiões pesquisadas pela Scot Consultoria.
Com a redução dos abates os estoques de carne estão enxutos, mesmo com o escoamento lento da produção, o que permitiu um ajuste positivo para a carne com osso. No mercado atacadista, o boi casado de animais castrados está cotado em R$ 9,63/kg, alta de 2,0% frente ao fechamento da semana anterior. A valorização da carne no atacado é um fator que pode dar sustentação ao mercado do boi gordo.
À espera
Na reposição, o cenário é de estabilidade à queda. Os aumentos seguem pontuais e na maioria das praças pesquisadas pela Scot Consultoria há resistência quanto às valorizações.
A chegada da chuva e o consequente início da melhora das pastagens faz com que as movimentações ocorram gradualmente no mercado. Entretanto, os compradores que têm condições de aguardar estão adiando as compras na expectativa de preços melhores e maior definição quanto ao mercado do boi gordo.
Na média de todos os estados pesquisados, para os machos anelorados o ajuste semanal foi negativo em 0,1% puxado pelas categorias mais jovens. Houve queda de 0,2% para o bezerro desmamado (6@), alta de 0,3% para o garrote (9,5@) e queda de 0,1% para o boi magro (12@), considerando todas as praças pesquisadas.
Em São Paulo, o bezerro desmamado está cotado em R$ 1,19 mil, valor 13,1% menor quando comparado ao início de 2016.