A produção de algodão em pluma na safra 2016/2017 deve crescer cerca de 20% e atingir 1,41 milhão de toneladas. A expectativa dos produtores é de que o clima favoreça a qualidade e desenvolvimento da cultura.
“Se as condições climáticas se confirmarem, o Brasil terá algodão suficiente para abastecer o mercado interno e externo e, ainda, reestabelecer os estoques”, disse Alan Malinski, assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Para a área cultivada, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) estima uma redução de 4% com relação à safra passada. A queda ocorrerá em virtude dos produtores da região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) terem migrado para outras culturas, como milho e soja. De acordo com Malinski, mesmo com a diminuição da área plantada, a safra 2016/17 será melhor e o rendimento da pluma e do caroço deve superar o do ano passado.
Com relação ao consumo, o mercado espera as mesmas 700 mil toneladas da safra passada. “A fibra sintética, principal concorrente da pluma do algodão, tem sido comercializada a preços inferiores, diminuindo assim a competitividade do algodão e, consequentemente, o aumento do consumo dos brasileiros”, afirmou Alan.
Os dados foram apresentados na reunião da Câmara Setorial do Algodão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), na última semana, e divulgadas nesta terça-feira, dia 13, pela CNA.
Safra 2015/2016
A chuva fora de época que atingiu Mato Grosso e Goiás e a seca intensa na região do Matopiba prejudicaram a qualidade e o montante produzido do algodão em pluma na última safra. Dessa forma, a oferta foi de 1,28 milhão de toneladas, ante uma produção estimada de 1,5 milhão de toneladas.