Os preços do suíno vivo na região da Grande São Paulo ainda refletem os custos mais elevados dos insumos, em especial do milho, ao longo do ano, mostra levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O suíno vivo negociado na região de Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba tem preço médio de R$ 4,51 o quilo, 7,6% acima do registrado em dezembro do ano passado, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Já o preço médio da carcaça especial negociada no atacado da Grande São Paulo é de R$ 7,09/kg, aumento nominal de 9,8% frente a média do mesmo mês de 2015.
“Na maior parte do ano, especialmente no primeiro semestre, o aumento nos custos esteve muito superior ao verificado nos preços dos animais vivos e da carne. Agora em dezembro/16 a situação está um pouco mais favorável ao suinocultor”, destaca o Cepea em relatório. O preço médio da saca de 60 kg do milho, de R$ 37,80 (até o dia 27), está 8,6% acima do de dezembro/15, em termos nominais, na região de Campinas (SP).
Ainda conforme a análise divulgada nesta quarta-feira, dia 28, suinocultores e integradoras reduziram o alojamento de animais, especialmente os produtores independentes que estavam descapitalizados com os preços baixos recebidos pelo vivo.
“Dados do Ministério da Agricultura apontam que o abate de matrizes cresceu 18% em frigoríficos com SIF (Sistema de Inspeção Federal) no primeiro semestre de 2016 em relação aos seis primeiros meses de 2015. O pico de abates dentro do SIF ocorreu em março/16, de 33,1 mil fêmeas, se mantendo elevado nos meses seguintes.”