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O pesquisador da Associação da Cadeia de Soja Argentina (ACSoja), Miguel Calvo, participa do evento para compartilhar experiências bem sucedidas que estão sendo desenvolvidas com soja na Argentina. O pesquisador destaca o uso da soja como bicombustível no país vizinho.
– O óleo de soja é renovável e pode ser sustentável. Tem 60% menos de emissão de gases. Isso é muito importante – destaca Calvo.
Outra novidade está na utilização da soja em assentos de veículos. Segundo Miguel, a tecnologia já está sendo utilizada nos Estados Unidos por uma das maiores montadoras do mundo.
– É uma tecnologia derivada de espuma feita de óleo de soja, se produz um álcool. Produz um polímero que pode ser rígido ou flexível. A soja é um cultivo maravilhoso que tem mais de cinco mil anos e tem outros cinco pela frente. Muito útil pra toda sociedade – disse ele.
A pesquisadora da Embrapa, Mercedes Concórdia Carrão Panizzi, explica que durante muito tempo, o consumo de soja no Brasil foi limitado à alimentação animal e a produção de óleos. Porém, a ampla divulgação dos benefícios do grão para saúde e a maior oferta de produtos no mercado está trazendo à soja para mesa do consumidor.
– A gente está apostando na soja para nicho de mercado, que tem característica diferente, como é o caso da soja verde. O gosto é bom e diferente, com açúcar e aminoácidos invocados que dão aquele sabor melhor – explica Mercedes.
A especialista diz que o Estado de São Paulo é pioneiro na importação e venda do produto, com valor agregado. O Rio Grande do Sul tem se destacado no cenário nacional pelo alto número de produtores familiares, que conseguem produzir em menor escala.
– É um Estado que tem bastante propriedades pequenas, mas com grande potencial. É preciso discutir melhor com os produtores – salienta.
O pesquisador Alexandre Nepomuceno estudou dois anos nos Estados Unidos e utiliza as experiências que teve com pesquisas no exterior para trazer ao Brasil técnicas diferenciadas no uso da biotecnologia, que, segundo ele, podem alavancar ainda mais o agronegócio brasileiro.
Nepomuceno alerta que, para continuar competitivo no mercado internacional, o Brasil deve estar preparado para inovar e se destacar, cada vez mais, no campo da pesquisa.