Segundo a pesquisadora da Universidade de Santa Catarina, Lídia Picinin, 88% das doenças dos países em desenvolvimento existem por conta da baixa qualidade da água. Os níveis de contaminação da água usada no setor leiteiro também são alarmantes. No Estado catarinense, 100% das propriedades leiteiras estão fora do padrão ideal de pureza, de acordo com uma pesquisa dela feita este ano. Nem minas, poços artesianos e nascentes estão livres de impurezas. O problema começa na falta de conscientização de cada pessoa.
Outra discussão no encontro foi sobre a necessidade de uniformização do sistema de rastreabilidade do gado. Uma preocupação do presidente da associação nacional dos produtores de bovinos de corte.
Para o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, o sistema pode não agradar a todos os produtores, mas está melhorando.
O secretário também disse que a febre aftosa ainda é a grande barreira na qual muitos países se apóiam para tentar frear a entrada do Brasil em novos mercados. Porém, há um bom tempo a doença não aparece por aqui.
Segundo Inácio Kroetz, em fevereiro do ano que vem, o Brasil pode completar cinco anos sem registro de circulação viral de aftosa. Se a marca for atingida, o país vai entrar com um pedido junto à comunidade europeia para ser considerado 100% livre de aftosa com vacinação. Enquanto isso, internamente o Paraná trabalha para atingir o status de livre da doença sem vacinação. Mas, segundo o secretário, esse é um processo mais demorado.